Venezuela reafirma diplomacia de paz como pilar da defesa da soberania nacional

247 - O vice-presidente de Política, Segurança Cidadã e Paz da Venezuela, Diosdado Cabello, destacou nesta segunda-feira (13) que a “diplomacia de paz” segue sendo a principal ferramenta do governo de Nicolás Maduro para enfrentar agressões externas e preservar a soberania nacional. O dirigente afirmou que essa linha política, implementada desde a chegada de Hugo Chávez ao poder, é fundamental para blindar o país contra tentativas de desestabilização.

As declarações foram divulgadas pela agência Prensa Latina, que acompanhou a coletiva concedida a jornalistas nacionais e estrangeiros. Cabello ressaltou que, diante de qualquer instância internacional, a Venezuela se apresenta “como uma força pela paz” e mantém firme o princípio da não interferência nos assuntos internos de outros países.

Defesa firme na ONU contra ataques internacionais

Ao comentar o pedido de reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU, Cabello explicou que a iniciativa visou expor com clareza o cerco imposto contra o país. “Se alguém não estivesse claro sobre a agressão, o cerco e os ataques contra a Venezuela, o mundo inteiro ficaria claro sobre isso”, afirmou.

O líder chavista rejeitou de forma categórica as acusações de que a Venezuela seria um centro de narcotráfico ou terrorismo. “Neste caso, o mundo inteiro sabe que a Venezuela não é um centro de tráfico de drogas; ela não produz, não processa, não trafica e não é um centro de terrorismo”, declarou.

Denúncia contra o imperialismo

Durante a coletiva, Cabello reforçou as críticas ao imperialismo estadunidense, responsabilizando-o diretamente pela perseguição contra Caracas. “Estamos sendo sitiados e atacados pelo imperialismo americano, o que nem eles negam, e publicamente afirmam que é obra deles”, denunciou.

Ele também destacou o papel do embaixador Samuel Moncada na ONU, elogiando a consistência da defesa venezuelana. “As informações apresentadas foram claras, precisas, oportunas, concisas, mas acima de tudo, verdadeiras. Quando você vai a essas instâncias com a verdade, não há como reverter isso.”

Preparação e resistência ativa

Cabello reafirmou que não há provas de que dirigentes bolivarianos possuam ativos no exterior, classificando essa acusação como parte de uma campanha de desinformação para justificar agressões contra a Venezuela. “Nenhum de nós tem contas ou ativos no exterior”, assegurou.

O vice-presidente ressaltou que o governo de Nicolás Maduro não busca o isolamento, mas sim a preparação permanente diante das ameaças externas. “A Venezuela está se preparando para qualquer situação, não para se isolar em uma trincheira, mas para uma resistência ativa e sustentada a qualquer agressão”, concluiu.