Para a professora do departamento de economia da FEA-USP e doutora em economia pela New School for Social Research, em Nova York, Laura Carvalho, a aprovação em primeiro turno pelo Senado da PEC 55, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos, não é a panaceia que irá resolver a crise econômica; "um reequilíbrio das contas públicas não serviria mais ao propósito de ampliar a capacidade de investimento do Estado – o único capaz de agir em meio à crise para puxar uma retomada. Mesmo em caso de aumento de receitas, a PEC 55 inviabiliza, na prática, uma expansão dos investimentos", alerta

Já é quase consenso entre analistas econômicos que apesar dos cortes substanciais no orçamento, o governo federal não conseguirá cumprir em 2015 a meta de 1,2% do PIB de superávit primário