Anistia, não
"Os fatos demonstram que Bolsonaro foi mentor e defensor do golpe", escreve Lindbergh Farias
"Os fatos demonstram que Bolsonaro foi mentor e defensor do golpe", escreve Lindbergh Farias
Tanto Campos Neto quanto Armínio Fraga fazem parte de um mundo ideológico anacrônico, viúvas de uma ortodoxia que a maioria dos países desenvolvidos abandonou
"É hora de mudar a política econômica. Até os escribas do governo jogaram a toalha e reconhecem que não virá a "retomada" do crescimento. Mas os ratos não abandonaram o navio. A jogatina da hora é a privatização da Eletrobras. Esta seria a mais escandalosa privatização de todos os tempos", critica o senador Lindbergh Farias, sobre a entrega da estatal geradora e distribuidora de energia brasileira; "Diante do modelo apresentado pelo governo, uma Eletrobras privatizada, seguramente, acarretará aumento de tarifa. Por tudo isso, parlamentares devem cerrar fileiras com os interesses populares, dizendo não à privatização da Eletrobras"
O Brasil livre, justo e soberano que bate no coração do povo que experimentou avanços inquestionáveis nos governos do PT não tolerará esse novo senhor da humanidade: o capital financeirizado
Ou os golpistas dobram a aposta e, em definitivo, cassam a candidatura do ex-presidente Lula, ou serão dobrados por uma derrota eleitoral acachapante. As cartas do jogo histórico estão na mesa
Ao comentar o julgamento de excessão do ex-presidente Lula, o senador Lindbergh Farias relembra o caso do oficial francês Alfred Dreyfus; em 1894, Dreyfus foi levado a julgamento e condenado a prisão perpétua em um tribunal marcial a portas fechadas, acusado de alta traição e colaboração com o Estado alemão, embora fosse inocente; "No dia de 24 de janeiro, o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) julgará em 2ª Instância o ex-presidente Lula. A única sentença justa seria a absolvição do ex-presidente. Toda a opinião pública nacional e internacional já conhece e repudia as fraudes processuais do procurador Deltan Dallagnol, assumidas e ampliadas pelo juiz Sérgio Moro. Afirmar que inexistem provas materiais é a mais pura verdade", escreve
"Não se trata de fazer vista grossa às contradições do governo Maduro; trata-se, de forma veemente, de defender a democracia, a soberania nacional, a autodeterminação dos povos e combater de forma implacável o imperialismo e a direita neoliberal e golpista que, há tempos, é responsável direta pela radicalização da crise no país. Não existe uma terceira posição: a disputa se dá concretamente entre o governo Maduro e a direita apoiada pelos governos neoliberais da América Latina, aliada aos EUA e ao rentismo internacional", diz o senador Lindbergh Farias (PT-RJ)
As experiências eleitorais recentes nos EUA, França e Reino Unido concentram a seguinte lição: em tempos atuais, a esquerda, quando assume um programa de crítica radical do neoliberalismo e do capitalismo financeiro, polariza, aglutina e cresce; quando, ao contrário, assume um discurso envergonhado e conciliador diante do mercado e das elites, definha organicamente, deixa de polarizar, aglutinar e crescer
"Na prática, tudo o que estiver na CLT poderá ser alvo de uma negociação, compondo um inferno dantesco aonde o gume aguçado da guilhotina dos patrões cortará ao meio o pescoço dos trabalhadores. Somado ao projeto de terceirização, recém-aprovado, e à reforma da previdência, em definitivo, o trabalho será desconstitucionalizado no Brasil. O Brasil se transformará, de fato e de direito, em um paraíso do capital", diz o senador Lindbergh Farias (PT-RJ); "Dessa maneira, torna-se imprescindível a nossa participação e união na greve geral no dia 28 de abril em defesa dos direitos dos trabalhadores de todo país"
"Contrariando uma parte da frente do golpe, o governo Temer assumiu com o objetivo de encetar um acordo visando estancar as investigações da Lava Jato e outras operações, de que o roteiro de Romero Jucá na delação de Sérgio Machado é o documento irrefutável. Mas as investigações continuaram até chegar ao PMDB e se aproximar de franjas do PSDB, núcleo duro de sustentação do governo Temer", lembra o senado Lindbergh Farias (PT-RJ); "Os planos da 'doutrina de choque', para se realizarem, contavam com a destruição da esquerda e do PT. A ofensiva contra nós foi tão arrasa-quarteirão que –dizia-se–, por longos anos não levantaríamos do chão. Não é o que vem sucedendo. A correlação de forças está mudando e o bloco no poder do golpe será derrotado em 2018. Ou até antes…"
O passado recente de conciliação da esquerda tradicional está morto. É chegada a hora de abrir um novo ciclo, e no ciclo, uma guinada