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Ricardo Cappelli

Ricardo Cappelli é secretário da representação do governo do Maranhão em Brasília e foi presidente da União Nacional dos Estudantes

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A estréia da realpolitik bolsonarista

Ricardo Capelli aponta as saídas da esquerda na eleição da presidência da Câmara, após a candidatura de Rodrigo Maia (DEM) ganhando força, incluindo o apoio do PSL; "Não é uma equação simples, ainda podem acontecer reviravoltas, mas ter Maia como "teto" de Bolsonaro não deixa de ser bom na atual conjuntura. Poderia ser alguém bem pior" analisa; para ele, "no momento, qualquer outro caminho para a esquerda parece ser o do isolamento, apenas para marcar posição. Deixaria Maia livre para aprofundar seus acordos com o lado de lá, livre de qualquer compromisso com a esquerda"

A estréia da realpolitik bolsonarista (Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados)
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Esqueçam os exageros ideológicos. Servem apenas para animar a plateia e manter mobilizado o núcleo duro. O exercício do poder real exige pragmatismo. A vida prática sempre se impõe.

Foi inteligente o acordo do PSL de Bolsonaro com Rodrigo Maia. O partido do presidente corria o risco de ficar isolado. Melhor ganhar com Rodrigo. Governo pode ser sócio de vitória. Não pode é ser derrotado. Maia não é um Bolsonarista, mas tem afinidade com o discurso liberal de Guedes.

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Mais inteligente ainda foi Rodrigo ao anunciar publicamente que avisou ao PSL que também quer o PT. Se posiciona como o candidato do parlamento democrático e do respeito institucional aos partidos.

Não é uma equação simples, ainda podem acontecer reviravoltas, mas ter Maia como "teto" de Bolsonaro não deixa de ser bom na atual conjuntura. Poderia ser alguém bem pior.

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Maia é do DEM, tem suas posições públicas liberais, mas cumpre acordos e respeita o espaço dos partidos na Casa.

A esquerda agora fará sua escolha. Se apoiar Maia unge o atual presidente da Câmara como o candidato do consenso. Seria uma vitória extraordinária de Rodrigo. Seria reeleito sem ser devedor de nenhum dos lados.

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No momento, qualquer outro caminho para a esquerda parece ser o do isolamento, apenas para marcar posição. Deixaria Maia livre para aprofundar seus acordos com o lado de lá, livre de qualquer compromisso com a esquerda.

Bolsonaro decidiu ceder e não correr risco. A esquerda vai negociar o possível ou marcar posição? O jogo recomeçou. A realpolitik está entrando em campo novamente. O Capitão demonstra que sua "maluquice pode não ser tão maluca assim".

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