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Chico Junior

Jornalista, escritor e comunicador

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A Revolução Alimentar: a busca por uma nova forma de comer

Chegou a hora de começarmos a pensar seriamente na nossa Revolução Alimentar, que envolveria novas formas de comer, respeitando o meio ambiente, fortalecendo a agricultura de base agroecológica, consumindo menos produtos ultraprocessados...

(Foto: MST)
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Segundo os historiadores, a humanidade viveu, pelo menos, quatro “revoluções” globais transformadoras da sua história.

A primeira delas foi a Revolução Cognitiva, que teria começado há 70 mil anos, quando o ser humano, ou melhor, o homo sapiens (a única raça de humanos que permaneceu na terra; as outras foram extintas) começou a criar novas formas de pensar e de se comunicar, e criar a linguagem ficcional.

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A segunda foi a Revolução Agrícola, há 12 mil anos, quando começamos a domesticar os alimentos, como o trigo, o arroz, o milho etc.

A terceira foi a Revolução Científica, em torno de 1500 (onde se encaixaria a quarta, a Revolução Industrial – final do século XVIII, início do século XIX).

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Pois bem, chegou a hora de começarmos a pensar seriamente na nossa Revolução Alimentar, que envolveria novas formas de comer, respeitando o meio ambiente, fortalecendo a agricultura de base agroecológica, incentivando a agricultura familiar e, principalmente, consumindo menos produtos ultraprocessados, produtos estes que de “comida de verdade” têm muito pouco ou quase nada. Comer menos produtos industrializados e ultraprocessados significa voltar para a cozinha. Aliás, é bom que se saiba que, tão logo começamos a nos entender com o fogo, deixamos de ser animais coletores de alimentos, para nos tornar cozinheiros, passamos a nos alimentar de forma diferente, e certamente mais saborosa. Viramos, como diz Yuval Noah Harari em seu “Sapiens – Uma breve história da humanidade”, uma “raça de cozinheiros”.

A domesticação do fogo, há cerca de 800 mil anos, proporcionou aos humanos uma série de benefícios, mas, como diz Harari (e, também, de outras formas, outros historiadores), “a melhor coisa que o fogo possibilitou foi o hábito de cozinhar”.

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“Alimentos que os humanos não conseguem digerir em sua forma natural – como trigo, arroz e batata – se tornaram itens essenciais da nossa dieta graças ao cozimento”.

Nada mal, portanto, voltarmos às origens.

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Ao longo dos tempos, principalmente depois do advento da indústria alimentar, temos buscado formas alternativas de nos alimentar. Dieta macrobiótica, vegetarianismo, vaganismo, alimentação agroecológica são alguns exemplos.

Mas o melhor exemplo mesmo – como eu já disse em outros artigos – é comer de tudo, moderadamente, e fazer a nossa própria comida, irmos para a cozinha. A verdadeira revolução alimentar começa na cozinha da nossa casa, onde podemos controlar o que e quanto comer, de forma mais saudável e equilibrada.

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A indústria de alimentos não para de nos enganar, com agrotóxicos, sementes transgênicas, alimentos ultraprocessados e até “alimentos” totalmente artificiais, como é o caso do Tang (Mondelez Internacional), o refresco em pó mais vendido do Brasil. Ler a lista de ingredientes que compõem a fórmula do Tang é de assustar, química pura.

A Revolução Alimentar deverá ser a evolução (e não a involução) do ato de produzir comida a partir de elementos naturais, processando-os o mínimo possível. Fazer uma salada é, por exemplo, um processamento mínimo. Cozinhar feijão e arroz, também.

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Não precisamos sair às ruas e empunhar bandeiras e cartazes para fazer o nossa Revolução Alimentar. Basta ir ao supermercado, ao mercadinho do bairro, à quitanda (nas que ainda existem), às feiras-livres e, em seguida, para as nossas cozinhas.

Além de saudável, sai muito mais barato comer em casa, mais barato até do que consumir comida industrializada.

E se você se organizar direitinho, vai ver que em até uma hora por dia dá para preparar um almoço ou jantar para até quatro pessoas. Isso, sem contar o fato de que é muito prazeroso comer a nossa própria comida, a comida feita em nossa casa.

Produzir comida de verdade é a nossa grande Revolução Alimentar.

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