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Ângelo Cavalcante

Economista, cientista político, doutorando na USP e professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG)

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A tragédia diplomática

O resultado da diplomacia da 'janela da velha'? O Brasil, dentre as grandes nações do mundo, um dos principais mediadores internacionais de conflitos, está sendo conduzido, a passos largos e rápidos para o cadafalso do tempo e da história onde nos lançamos na arriscada seara da guerra

A tragédia diplomática (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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O desempenho político-diplomático do Brasil 'cítrico-bolsonarista' na grave questão que envolve a Venezuela e mesmo todo o Cone Sul é dessas infâmias que deverão constar, 'ad aeternun', nos compêndios e manuais de ciência política e de relações internacionais como o 'anti-exemplo', como a 'anti-diplomacia' e o 'anti-lateralismo'.

Na verdade, tudo o que não se pode fazer em se tratando de relação, solidariedade e cooperação internacional a chancelaria brasileira, sob o comando do inominável 'fura-fila' Ernesto Araújo, está a fazer. É mais que trágico!

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Me lembrei da figura emblemática e, por sinal, bem comum, daquela personagem interiorana; envelhecida e colérica que se debruça na janela para dar conta da vida alheia; vê a hora em que o padeiro chega; do encontro dos amigos na esquina; do beijo dos namorados na praça central e... A pessoa se põe a contar do que não viu; de interpretar o que não compreende e de noticiar, ao seu modo e estilo, daquilo que, efetivamente não conhece... E cria problemas! Quem já viveu embrenhado interiores adentro entende do que digo.

O Itamaraty é a 'velha da janela'; é a 'leva-e-traz' de fofocas, mentiras e de um conceito relacional e internacional só existente no supremacismo belicista e genocida das máfias norte-americanas que estão a gerir o maior império que a humanidade já testemunhou.

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A 'velha fofoqueira' não mitiga narrativas de guerra; não gera mediação em prol de diálogos e entendimentos espaço-territoriais e, impressionante, joga na latrina, sem qualquer hesitação ou pudor, a vigorosa tradição diplomática brasileira e orientada pela convergência, pela conciliação e pela unidade, inclusive territorial, das nações latino-americanas.

O resultado da diplomacia da 'janela da velha'? O Brasil, dentre as grandes nações do mundo, um dos principais mediadores internacionais de conflitos, está sendo conduzido, a passos largos e rápidos para o cadafalso do tempo e da história onde nos lançamos na arriscada seara da guerra.

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Já adentramos no circuito armamentista contemporâneo onde se tem de um tudo; desde o maior 'rally tecnológico' a customizar projéteis supersônicos de alto impacto e teor destrutivo; passando pelo terrorismo de tipo novo e que inspira agremiações como a 'Al Qaeda' e o 'Estado Islâmico'; até a agrupamentos populares armados como os que estão devidamente constituídos nas bordas venezuelanas.

O chanceler (?) Ernesto Araújo, reparem bem, sequer sabe tratar da questão; não possui modos, traquejo, estilo ou o fundamental da educação e do rito diplomático; não se refere a Venezuela como país mas como espécie de "platô caribenho, servil, destroçado e governado por um déspota"; o presidente democraticamente eleito pelo povo, Nicólas Maduro, não é o "presidente Maduro" é um "tirano feroz" e que devasta o "pobre e indefeso" povo venezuelano.

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O povo venezuelano "pobre e indefeso"? É rir muito...

Por fim... Algo como quinhentos mil populares da Venezuela já integra voluntariamente, a Milicia Nacional Bolivariana da Venezuela sob o comando do Major-General Cesar Vega; um chavista convicto e seguro.

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Medrosos? Temerosos e reticentes? Qual nada... Sorriem, brincam e é impressionante, não estão dispostos a arredar em um centímetro na soberania da Venezuela; no projeto socialista do bolivarianismo.

A propósito, sugiro os bons textos e análises da correspondente brasileira Aline Piva aceca da crise que inventaram para a Venezuela; Piva vive em Caracas.

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Por fim, o brado bolivariano, firme, rouco e uníssono de que: "a Venezuela não se rende"; se constitui e se afirma orgulhoso e pleno sob nossos olhos mas, como já assistimos anteriormente, de fato, "a revolução não será televisionada". E não será...

A direita venezuelana e latino-americana embevecida pela vaidade e arrogância destes tristes tempos terá, com toda certeza, ácidas surpresas no chão de Simon Bolívar.

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