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Moisés Mendes

Moisés Mendes é jornalista, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim). Foi editor especial e colunista de Zero hora, de Porto Alegre.

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A vida bandida de Globo, Folha e Estadão

“A grande imprensa brasileira vive um dilema permanente como inimiga de Bolsonaro”, escreve Moisés Mendes, do Jornalistas pela Democracia. Para ele, o editorial da Folha deste sábado “é uma tentativa de se reaproximar do seu público mais reacionário”

O presidente Jair Bolsonaro em coletiva no palácio da Alvorada. (Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil)
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Por Moisés Mendes, do Jornalistas pela Democracia - A grande imprensa brasileira vive um dilema permanente como inimiga de Bolsonaro. Folha, Globo e Estadão batem no sujeito, e só nele e na família e poucas vezes em alguém mais do governo, porque ele os alertou de que todos seriam seus inimigos.

Por bater em Bolsonaro, quase sem consequências, é preciso que de vez em quando façam média com a direita. Se atacam Bolsonaro, têm que encontrar algum motivo para bater também nas esquerdas.

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O editorial de sábado da Folha, em que o jornal formula um título pilantra para comparar Bolsonaro a Dilma Rousseff, é uma tentativa de se reaproximar do seu público mais reacionário.

O título, Jair Rousseff, é mais do que desonestidade jornalística e intelectual para dizer que os dois seriam iguais e se complementam porque eram e são gastadores e irresponsáveis.

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É um esforço para unir o que não poderia estar nem lado a lado.

Temos uma versão em editorial do ‘ah, mas o PT também fez o mesmo’.

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Dilma e Bolsonaro seriam quase a mesma coisa, segundo a Folha, mas Dilma seria ainda pior, porque transferiu para o admirador de torturadores um governo quebrado.

A Folha anistia Bolsonaro e não diz que Dilma foi golpeada há quatro anos. E que a direita e a extrema direita governam como querem desde abril de 2016.

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Globo, Folha e Estadão levam uma vida bandida e de disfarces desde o golpe de 64. Nenhuma das três famílias (mesmo que os Mesquita sejam apenas simbólicos e decorativos) briga com Bolsonaro em nome da liberdade da imprensa.

Brigam porque são inimigos mortais de Bolsonaro e perdem muito dinheiro na partilha de verbas do governo. Bolsonaro ameaça os negócios.

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Mas há um constrangimento na grande imprensa pela incapacidade de abalar Bolsonaro e seus filhos, que desejam publicamente o estrangulamento e o fim dos três veículos.

Nunca, nem nos governos do PT, as corporações da mídia enfrentaram a fúria de quem está no poder como enfrentam agora com Bolsonaro. E nunca bateram tanto na direita no governo como fazem com Bolsonaro.

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Tentaram esfolar Michel Temer, para criar uma alternativa mais confiável em eleição indireta. E batem sem trégua em Bolsonaro como uma criatura renegada por desejar o fim dos próprios criadores. Não derrubaram Temer e não conseguem atemorizar Bolsonaro. 

É paradoxal, mas Folha, Globo e Estadão vão em frente graças à briga com o indivíduo que, sem querer, lhes proporciona sobrevida com alguns restos de relevância. Sem Bolsonaro, os três estariam publicando receitas de bolo e cursos de jardinagem.

Com Bolsonaro, a grande imprensa se vende como guardiã das liberdades, desde que possa continuar bajulando a classe média reacionária. O editorial de sábado da Folha é a bajulação mais escancarada.

O jornal rasteja em direção à direita, com um agravante. A queda de qualidade dos editoriais, em forma e conteúdo, equipara o texto raso da Folha ao nível de raciocínio do seu algoz.

Os jornais e Bolsonaro se odeiam e são parecidos. Se este texto fosse um editorial, por imitação poderia ter este título: Jair Frias Mesquita Marinho.

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