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Ângelo Cavalcante

Economista, cientista político, doutorando na USP e professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG)

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Aprendendo com a crise!

Penso eu que este momento é importante para exigirmos e reafirmarmos por novas opções de desenvolvimento, novos eixos às estruturas produtivas do país e novos papéis que, sobretudo, o mundo do trabalho deve assumir

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A crise, toda ela anunciada a partir de uma diversidade de acontecimentos sociais, políticos e econômicos ocorridos nas duas últimas décadas, além de intensificar o aumento das rendas dos "bacanas" do "andar de cima", serve também para nos fazer pensar sobre as possibilidades de refundação da atividade política e econômica do país.

Não cabem mais paliativos, remendos mal costurados e arremedos de solução. Essas estratagemas de última hora não conferem a estabilidade que esse sofrido pais necessita para sua gente, seu futuro e seus destinos.

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Penso eu que este momento é importante para exigirmos e reafirmarmos por novas opções de desenvolvimento, novos eixos às estruturas produtivas do país e novos papéis que, sobretudo, o mundo do trabalho deve assumir.

Como parte primeira desse experimento de feições épicas, é fundamental reafirmar a importância dos pequenos empreendimentos, dos pequenos negócios na conformação da economia de base. Eles são fundamentais porque não expatriam capitais; estão vinculados ao cotidiano da vida urbana e rural e; fluem com maior dinamismo conferindo renda, trabalho e estabilidade social, principalmente, para os pequenos municípios, esses entes federados completamente esquecidos pela União e pelos Estados.

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Em seguida, e na esteira dos pequenos negócios nas pequenas localidades, urge redefinir o conceito de riqueza para além da esfera individual e privada. Riqueza é, de fato, objeto e expressão da vida social. Riquezas individuais são, grosso modo, falências coletivas e efeitos colaterais e nocivos de um modelo de desenvolvimento concentrador, massificador e ambientalmente impossível. Nesses termos, a estrategia de desenvolvimento da economia social e solidária fundada sobre o horizonte da autogestão, da produção sem o patronato e do consumo responsável e afinado com a defesa e manutenção do que restou de meio ambiente é caminho que tem muito a contribuir com a vida social e coletiva.

Finalmente e sob o viés político, a ação política direta é um clamor contemporâneo. De fato, a lógica da representação política se encontra abertamente esgotada. Não casualmente, o próprio e insuspeito Congresso Nacional, confluência nacional de privilégios descabidos está repensando o próprio papel da política na relação com o conjunto da população porque, tão somente, a política no país está esvaziada.

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De outra maneira, no velho estilo grego, fazer política de forma direta educa, esclarece, politiza e cria uma consciência social de maior integração, unidade e sentido. Os representantes representam a si mesmos, seus interesses e, no máximo, os interesses daqueles que os custearam e financiaram. É tão somente, do que se trata.

Enfim, em bicudos tempos de crise, economia, política e participação social é o triunvirato fundamental e fundante da nova sociabilidade e de que o país carece em profundidade.

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