CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Marconi Moura de Lima Burum avatar

Marconi Moura de Lima Burum

Mestrando em Direitos Humanos e Cidadania pela UnB, pós-graduado em Direito Público e graduado em Letras. Foi Secretário de Educação e Cultura em Cidade Ocidental. Trabalha na UEG. No Brasil 247, imprime questões para o debate de uma nova estética civilizatória

143 artigos

blog

As 3 desgraças que podem acabar com a humanidade amanhã

As três desgraças que estão acontecendo simultaneamente na Terra possuem um mesmo epicentro, o capitalismo

(Foto: NASA)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Estamos à beira de um novo “dilúvio” que afundará toda a humanidade e as coisas como as conhecemos. E não é exagero afirmar que o fim do mundo; aliás, das pessoas está a um “beiço de pulga” para acontecer. O que aprendemos, especialmente os cristãos, por Apocalipse, é questão de dias – se não houver uma guinada mais que urgente-emergente. Detalhe: absolutamente nada disso tem a ver com decisão de Deus, chateando-se novamente com a humanidade (Gênesis, 6,5-7). Tampouco é o dia do “Juízo Final” em que Deus vem para levar seus santos e exterminar todo o mal na face da Terra. A coisa ruim aqui está exatamente em nós, humanos, que estamos a nos matar; estupidamente a nos exterminar.

Vamos sinalizar as três evidências que estão levando, de forma mais ligeira, a Terra ao colapso com a sucumbência da vida humana (e potenciais reflexos ruins em boa parte da fauna e flora do planeta). A saber:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

1) Guerras: estamos sentindo, não o cheiro da pólvora, tampouco do metal da espada, mas do urânio que “esbraveja” para sair dos centros de lançamentos de bombas atômicas de países covardes que ainda teimam em ter esse tipo de armamento para ameaçar seus inimigos geopolíticos.

Sim, há guerras espalhadas por quase todo o planeta. Em vários países da África; o conflito OTAN-EUA-Europa-Ucrânia versus Rússia; e agora, a trágica destruição da Palestina por Israel (com as desculpas esfarrapadas que “merecem” os tiros de largadas das guerras). Em dois destes conflitos, há enormes chances de haver escaladas, inclusive para uma possível 3ª Guerra Mundial, e para que lados mais insanos possam “dar o começo” ao lançamento de suas bombas nucleares que, lógico (aliás, ilógico) serão revidadas com outras bombas de mesmo porte. Logo, isso significa o fim, talvez também do próprio Planeta Terra, face que se não se tornar poeira cósmica com as bombas, seu deslocamento do eixo no Universo pode afetá-lo de forma irreversível.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

2) Clima: os desmandos ao Meio Ambiente para sugar a última gota de petróleo do planeta; com os desmatamentos desenfreados para as lavouras das monoculturas nos latifúndios mundo afora, ou para a mineração, ou para retirada de madeiras (ambas, de forma legal e ilegal); por poluição exacerbada, seja pela indústria de todas as nações, seja por seus veículos e outras (anti)tecnologias; ou por outras práticas predatórias. O fato é que a ciência tem mostrado que as geleiras de todo o mundo estão derretendo[1] e o risco de inundação de parte dos continentes é evidente.

Mas não precisaremos aguardar o mar subir o suficiente para cobrir tudo que existe. Com o aquecimento global cada dia mais intenso, as temperaturas estão se tornando insustentáveis, afetando gravemente os territórios. Há lugares em que se chove em níveis crônicos, destruindo plantações inteiras, casas e cidades, e matando pessoas. Há outros em que nenhuma gota de chuva cai, secando rios e todas as fontes de água potável. Logo, se a temperatura do planeta continuar a subir, não haverá condições para a vida humana.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

3) Pandemia: mal saímos da pior de todas as doenças em massa da história da humanidade e a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que estamos à beira de uma nova pandemia. Tedros Adhanom, diretor da entidade, disse em maio de 2023 que “o fim do coronavírus como emergência sanitária não é o fim do coronavírus como ameaça global à saúde”[2] e que o mundo precisa se preparar para surtos mais frequentes de epidemias das mais variadas que podem se alastrar, a depender de como será gerida a governança global da saúde de toda a humanidade. Logo… nem sei mais o que pensar...

O problema é que essas três desgraças que estão acontecendo simultaneamente na Terra possuem um mesmo epicentro, isto é, um mal maior que está levando os seres humanos à autodestruição. Chama-se: CAPITALISMO! 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

A forma de viver dos humanos nos últimos 200 anos é insustentável para o longo prazo. A busca por dinheiro (lucro), particularmente, das grandes corporações e dos maiores magnatas (super-ricos das big techs, das armas, de outras indústrias, ou dos latifúndios) do planeta, está aniquilando as condições de existência, não apenas social e economicamente falando (pelas desigualdades), todavia, por destruir ou alterar sobremaneira os ecossistemas.

Mas esse modelo, o capitalista, não seduz somente os grandes (em seu egoísmo crescente). Há também a enviesada mentalidade de se vencer pelo esforço de cada um, e lucrar e ganhar mais em todo o seio da sociedade. Afeta ainda o cidadão e a cidadã comum que entende que precisar ter mais bens e produtos, e trocar de aparelho celular e de carro em cada novo ciclo da moda. A “pequena” competição que há entre um comerciante e outro na cidade mais interiorana de qualquer país, e a ausência de sobriedade quanto ao consumo das pessoas também são fatores que têm ajudado a alterar a forma de lidar com a Natureza. E ela está respondendo com estes “surtos”, ou climáticos, ou por doenças cada vez mais potentes. (No caso das guerras, não há mínima honradez em questão, e sim a venda de armas e a disputa por mais mercados e mais poder político-econômico para retroalimentar esse sistema.)

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Em síntese, não trago neste artigo qualquer novidade. Todos estão “cansados” de saber de tudo isso. O problema é que quase ninguém (nem os poderosos, e nem os eleitores que elegem os poderosos) faz nada para mudar essa mentalidade, esse paradigma de autodestruição. 

Talvez ainda haja o que fazer para mudar tudo isso. Comecemos a tentar algo. Comecemos, quem sabe, a debater em sala de aula, na mesa do bar, no trabalho, em casa, na hora de escolher os políticos que colocaremos no Poder. Acho que levando isso a sério e fazendo cada um a sua parte, poderemos – pasmem! – frear o “dedo no botão vermelho” que dispara a próxima “bomba atômica” a destruir o mundo. 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Pode ser utopia. Mas quem diria que a distopia chegaria primeiro...

……………..

[1] Veja mais em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2021-04/estudo-mostra-que-geleiras-estao-derretendo-em-ritmo-acelerado. 

[2] Veja mais em: https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2023/06/o-mundo-deve-se-preparar-para-enfrentar-uma-proxima-pandemia-alerta-a-oms.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO