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Marconi Moura de Lima Burum

Mestrando em Direitos Humanos e Cidadania pela UnB, pós-graduado em Direito Público e graduado em Letras. Foi Secretário de Educação e Cultura em Cidade Ocidental. Trabalha na UEG. No Brasil 247, imprime questões para o debate de uma nova estética civilizatória

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Brasil: um velório anunciado

Qual é a síntese da patologia que levará o Brasil, de fato, à morte? Ou quais são as doenças: i) esquizofrenia institucional; ii) perda de memória; iii) perda de anticorpos; iv) perda de massa muscular; e v) depressão. Logo ficaremos sem fôlego

Qual é a síntese da patologia que levará o Brasil, de fato, à morte? Ou quais são as doenças: i) esquizofrenia institucional; ii) perda de memória; iii) perda de anticorpos; iv) perda de massa muscular; e v) depressão. Logo ficaremos sem fôlego (Foto: Marconi Moura de Lima Burum)
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Vamos direto ao assunto: i) o Poder Judiciário de hoje prende quem ele quer, a hora que quer e sem o "devido processo legal", sem nos dá a sagrada "segurança jurídica"; vivemos a violência que há na cabeça de certos Juízos sem controle algum. O abuso de poder é regra aceita e quase impossível de ser combatida. Para completar, ii) o Exército fala mais em democracia que o Congresso Nacional. Não sabe, ou finge não saber o seu papel constitucional. E isso acontece porque todo exército em qualquer lugar do mundo exige um líder legítimo. O Exército brasileiro não tem líder (presidente usurpador, pra começar), e tem oficiais fanfarrões. Não duvidem se logo nos impuserem a sua "democracia" de mão carinhosa e dialógica (#SQN).

Ainda: iii) os trabalhadores todos os dias perdem seus direitos. Leis e mais leis são produzidas pelos caras que nós votamos (voto em troca de emprego, ou de tijolo e remédio, ou qualquer outro interesse menos importante), e eles não estão nem aí para as nossas condições de vida. Deputados e senadores, uns 80% são asquerosos e canalhas, e nós iremos repetir (reeleger) no voto essas imundícies.

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Vou citar somente mais duas desgraças que estão levando o Brasil para a cova: iv) a venda – ou entrega – de nossas riquezas naturais como o Pré-sal e a Petrobrás, a Eletrobrás e nossas hidrelétricas, nossas reservas de água mineral (a exemplo: os aquíferos Guarani e Alter do Chão), e outras tantas, levarão as futuras gerações e as atuais a uma situação de precariedade econômica e estrutural inigualável. Qual é o valor de nossas riquezas? Trilhões e trilhões de dólares dados quase de graça aos estrangeiros.

Para completar a nossa degradação civilizatória, v) o ódio. Sim, estamos polarizando demais nossa visão de mundo a ponto de um grupo de pensamento "x", conhecido como conservadores, hora mais fascista, portanto, psicopatas/sociopatas que desejam a morte ao "irmão" diferente dele, hora apenas submisso a conceitos retrógrados (cidadãos mais comuns); e um grupo "y", tratados como esquerdistas, que, os que são radicais, desejam apenas uma estruturação de poder a serviço de uma narrativa, de um conceito, e não-radicais, aceitam a dialogia civilizatória e apresentam uma agenda positiva e necessária ao País. O fato é que a cultura do ódio está posta. E nos separa. E nos torna intolerantes, incapazes de construir coletivamente para nós e nossas gerações a seguir. E isso interessa àqueles que nos usam. Dividem-nos e estimulam o discurso de raiva entre nós.

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Para melhor conceituarmos isso: qual é a síntese da patologia que levará o Brasil, de fato, à morte? Ou quais são as doenças citadas acima: i) esquizofrenia institucional; ii) perda de memória; iii) perda de anticorpos; iv) perda de massa muscular; e v) depressão. Logo ficaremos sem fôlego.

Este País respira por aparelhos. Todavia, ainda acredito numa cura potencial a partir de um tratamento de médio prazo. E como isso se vislumbra? Com a unidade dos partidos e lideranças progressistas, os únicos que, pasmem os analfabetos políticos, mesmo com seus interesses "y", ainda pensam: I) no conteúdo nacional, ou seja, as riquezas no Brasil são para os brasileiros e suas gerações, não para dar de presente aos estrangeiros residentes lá fora; II) nas políticas públicas que geram qualidade de vida e oportunidades a todas as pessoas; e III) na classe trabalhadora, os pobres e a classe média, que, embora às vezes "burros" (falando politicamente, pois se deixam manipular por uma Mídia desgraçada e elitista), são os que sustentam esse País e não merecem morrer por conta de vacilos civilizatórios de um pequenino grupo dominante.

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Falando sério: você que lê esse texto agora, enxerga em Geraldo Alckmin (PSDB); ou no ex-juiz – o Joaquim Barbosa – patrocinado pelo Banco Itaú (desde quando Bancos olham com carinho para pobres e classe média?); ou mesmo o estrategista do marketing das armas e da violência, o Jair Bolsonaro (PSL), alguma esperança de, se eleitos, governarem olhando para o desenvolvimento social, tecnológico, econômico e ambiental para nós e as gerações vindouras?

Mas eu pergunto e peço uma resposta, além de sincera, inteligente, baseada em argumentos minimamente racionais, não pelo modismo que a tevê e as redes sociais nos impõem, contudo, a partir de projetos verdadeiramente claros para todo o conjunto da sociedade. E não responda agora, pois ainda estás no calor da emoção. Emoção não é cérebro; não vale para planejamento intergeracional, para o futuro de um país tão gigante como é o Brasil. Responda outro dia, após pensar bastante sobre todos esses candidatos e seus tais projetos para todos nós.

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Retomando o papel dos candidatos progressistas. Creio que a Narrativa, embora historicamente relevante, já necessite se recolher para o platô de outro instante. Digo isso por um pedido de socorro de todos os 207 milhões de brasileiros: ou o PT, o PSOL, o PCdoB, o PDT e alguns outros se unem agora, ou esperem o velório do Brasil em 2018. A eleição é bem ali. Lula, por obviedade ultra-lógica, se elege no primeiro turno, estando preso, ou não. Lula é um gigante inegável. Lula é maior que o maior de seus algozes multiplicado por 11. Porém, Lula sabe de sua condição lógica. Lula fez uma escolha: resolveu aderir ao pacifismo de Gandhi, à não-guerra civil, à não-convulsão social. E creio que Lula fez isso porque não queria ver sangue de inocentes derramando em asfalto público. No entanto, Lula precisa completar sua escolha, sua missão. (Isso que falarei merece um parágrafo específico. Talvez o único parágrafo útil desse texto. Aí vai!)

Lula e todos nós sabemos que os 11 ministros do STF são covardes. Alguns são covardes do bem – sinto isso. Alguns são covardes reféns da conveniência e de seu ego magnânimo. Alguns são covardes do Sistema, da Superestrutura, do serviço ao Mercado Econômico. Alguns ainda, são covardes da manutenção das castas do tempo em que as caravelas começaram a levar ouro para Portugal (século XVI). O fato é que, com a devida vênia, Excelências, os senhores e senhoras são covardes, e não sabem o que estão a fazer com as futuras gerações e esse País por conta de sua covardia.

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Uai, Lula, se Suas Excelências lhe tiraram o direito mais sagrado de um homem (e mulher) que é a Liberdade, vão lhe dar posse quando vencer – a óbvia vitória – a eleição de 2018? Claro que não! Nesse caso não é somente porque são covardes, entretanto, porque existe um conteúdo objetivo institucionalizado e... valendo! A Lei Complementar nº 135/2010, ou a chamada Lei da Ficha Limpa.
Se tiveram, Suas Excelências do STF, de fazer um exercício jamais visto na história da retórica e da hermenêutica jurídica para parir o imparível: uma denegação do Habeas Corpus à sua liberdade, Lula, tu crê mesmo que com argumentos fáticos e objetivos – fáceis e confortáveis – dessa bendita Lei dos "Ficha Limpa", vão te conceder uma Liminar para tu subir a Rampa do Planalto como Chefe da Nação brasileira? Por regra eleitoral, se o primeiro colocado não é Diplomado pela Justiça Eleitoral, o segundo colocado toma posse como Presidente.

Repeti a pergunta ao PT e a Lula – que, herói como o é, sabe de sua importância; de não deixar o País refém desse estado vegetativo que nos levará, todos, à morte, sobrando apenas (para rir de todos nós) os bilionários e magnatas donos dos bancos, das lojas Riachuelo, Havan, Habib's, etc., da AmBev (destaco seu mesquinho proprietário, o Jorge Lemann que, sozinho, tem cerca de 30% de todo o dinheiro do brasileiro), da Votorantim, da Rede Globo e da Veja, da Gerdau, das sojas e do milho, e essas elites que devem bilhões em impostos por sonegação, e outros bilhões à Previdência pública desse País, e não querem e não vão pagar.

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É óbvio que Lula é um preso político. E os outros países já reconhecem isso. É vítima de uma perseguição judicial-política sem precedentes. O brasileiro comum (o que se convence das mentiras dos jornais), ainda não foi capaz de perceber isso. Lula só passa pelo que está passando porque o IBOPE, o Datafolha e todos os institutos de pesquisa atestam sua capilaridade eleitoral e mítica. Lula está disparado em primeiro lugar para presidente da República. Contudo, precisaremos de mais um sacrifício desse Líder.

Lula, o maior e melhor presidente do Brasil, fez uma opção. Deu-se ao cárcere para ajudar esse País mais uma vez, para não ver sangue inocente no chão. Porém, como tudo tem consequência, Lula fez uma segunda opção [intrínseca]: unir os partidos progressistas, escolher um (o seu) sucessor e livrar o Brasil do velório que está diante de nossos olhos. E não vemos qualquer esperança que não seja isso, ou a morte dos filhos do Brasil, em breve espaço de tempo.

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