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Cláudio Furtado

Espiritualista, escritor e engenheiro. Autor dos livros “Divagaísmo” e “O Despertar – Existência Integral”, este último com dois amigos, com os quais também fundou a Phoenix Produtora.

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Continuam afiadas as garras do (Neo)Colonialismo

Como sempre, os aparelhos de propaganda criticam os que reagem. Como se o certo fosse apanhar sem gritar. Como se o certo fosse apanhar sem reagir

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O planeta foi dividido desde tempos imemoriais entre países exploradores e países explorados. Os países exploradores são os chamados países ricos e consequentemente os explorados são os pobres. Essa divisão permanece até hoje.

É exatamente o que vemos atualmente acontecendo com os países pobres sendo fornecedores de matéria-prima barata para os países ricos e estes mesmos países pobres sendo consumidores dos produtos industrializados caros produzidos pelos países ricos. É a retroalimentação da exploração. Este é o verdadeiro, cruel e real ciclo vicioso do Neocolonialismo. E olha que este não é um assunto novo. Quando fiz o ginásio e o 2º grau, nos anos 80, eu já ouvia essa história de exploração no colégio. E até hoje continua ocorrendo dá mesma forma.

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O Brasil é um destes países pobres que sofre com o Neocolonialismo. Só que se inventa eufemismos para encobrir está triste realidade. Já nos chamaram de 3º Mundo, País Subdesenvolvido, País em Desenvolvimento e País Emergente. Agora a palavra da moda é Sul Global. Mas tudo isso é sinônimo de País Pobre. Temos que cair na real, pois só assim temos a noção de quem somos e contra quem lutamos. Somos Pobres e para superar esta condição temos um longo caminho de lutas para trilhar.

Nos tempos atuais, a escravidão foi substituída por baixos salários, subemprego, desemprego, miséria e fome nos países pobres. Os quais inclusive fornecem mão de obra barata para os países ricos devido ao caos social produzido pela exploração que sofrem. Imigrações e refugiados estão aí incluídos neste contexto de fornecimento de mão de obra, pois estes são a mão de obra barata “acolhida” pelos países ricos. Estes mesmos países que se beneficiam desta mão de obra barata são os mesmos que financiam as guerras que produzem imigrantes e refugiados. Ou seja, é um ciclo vicioso intencional.

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“Eu só peço a Deus
Que o futuro não me seja indiferente
Sem ter que fugir desenganado
Pra viver uma cultura diferente”

(Mercedes Sosa)

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Os poucos países que se rebelaram contra este sistema exploratório foram taxados pelos aparelhos de propaganda dos países ricos de:

- Terroristas;

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- Corruptos;

- Traficantes de drogas;

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- Ditaduras;

- Comunistas.

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Estes países foram alvos das guerras (quentes, frias e híbridas) e sanções econômicas dos países ricos. Ações essas que condenaram esses países a morte, destruição, pobreza e ao caos humanitário. E daí vem como consequência os já citados imigrantes e refugiados.

Me lembrei de uma história verídica que um querido e falecido tio me contou:

"Uma família vizinha criava um cachorro, desde filhote, a base de pancada e dava para ele comer ração com pimenta. Diziam que era para ele crescer feroz para proteger a casa. O cachorro vivia acorrentado. A avó da família era a que tratava pior o cachorro. Passava por ele e o batia com o cabo de vassoura. O cão cresceu e virou realmente uma fera. Um belo dia, a senhora passou pelo cão acorrentado que a odiava devido aos maus-tratos. Quando ela foi bater nele, o cão arrebentou a correte e destroçou a senhora. Foi difícil fazer ele parar. Mordeu até cansar. A senhora não morreu. Mas ficou toda mordida. Toda ensanguentada. No dia seguinte colocaram veneno na comida do cachorro. E ele morreu."

Fazendo um paralelo com aos aparelhos de propaganda dos países ricos, a senhora (O Opressor) seria a eleita pela mídia para ser a heroína da história e o cão (O Oprimido) o terrível vilão. Temos que tomar muito cuidado para não sermos enganados por estas distorções da mídia.

“Eu só peço a Deus
Que a mentira não me seja indiferente
Se um só traidor tem mais poder que um povo
Que este povo não esqueça facilmente”

(Mercedes Sosa)

Agora lhes pergunto:

Valeu a pena para o cão?

É claro que valeu. Mesmo tendo sido morto, valeu, pois morto em vida ele já estava. E assim funcionam todas a resistências Anti-(Neo)Coloniais. Reagem, pois é uma questão de vida ou morte (ou de morte em vida) para eles. Mas, como sempre, os aparelhos de propaganda criticam os que reagem. Como se o certo fosse apanhar sem gritar. Como se o certo fosse apanhar sem reagir. Como se o certo fosse apanhar e calar.

“Eu só peço a Deus
Que a injustiça não me seja indiferente
Pois não posso dar a outra face
Se já fui machucado brutalmente”

(Mercedes Sosa)

Somente aparecem na mídia os conflitos que interessam para os que comandam a economia do planeta. Alguém vê na mídia a limpeza étnica que está acontecendo em Nagorno-Karabakh na guerra que está ocorrendo entre Armênia e Azerbaijão? Alguém vê na mídia o massacre que está sofrendo o Iêmen na guerra que este país trava contra a Arábia Saudita? São guerras que não interessam para a mídia. São guerras invisibilizadas.

Vários povos na atualidade continuam a ser oprimidos. Alguns lutam para ter o seu próprio país a vários anos. Posso citar dois exemplos:

1-  Os Kurdos. Não se fala quase nada sobre este povo que luta para ter o próprio país? Eu entrei em contato com um Kurdo para entrevistá-lo, mas no momento perdi o seu contato. O pouco que ele me contou me fez entender a situação terrível que o povo dele passa. Na Turquia eles são proibidos de usar seu idioma nas escolas e são proibidos de exercer a sua religião. Manifestações culturais Kurdas não são permitidas. Este Kurdo que entrei em contato fez parte da luta armada da resistência Kurda. Já esteve preso e já foi torturado. Muitos companheiros de luta morreram. E tudo porque eles querem ter o direito a ter um estado Kurdo. Mas isso não se vê na mídia, pelo menos não se vê como deveria ser visto e com a frequência que deveria ser visto;

2-  Os Palestinos. Este povo vem sendo tratado como lixo pelo Estado Sionista, Racista e Colonialista de Israel, o qual os massacra a mais de 75 anos. Estamos atualmente assistindo ao primeiro genocídio transmitindo on-line. O Estado Sionista está fazendo uma limpeza étnica em Gaza. A ação da Resistência Palestina conseguiu mostrar ao planeta o Regime Colonial e Racial que o Sionismo perpetra contra a Palestina. A resposta desproporcional que Israel teve para com a ação do Hamas, mostrou que o Terrorismo provém do Estado de Israel e não da Palestina, como tentam mostrar as reportagens distorcidas e manipulatórias da mídia ocidental, a qual é financiada pelo lobby sionista.

“Eu só peço a Deus
Que a guerra não me seja indiferente
É um monstro grande e pisa forte
Toda pobre inocência desta gente”

(Mercedes Sosa)

Um Pseudo-Humanismo, o qual prefiro chamar de Humanismo Tóxico, deturpa todos os fatos e joga a opinião pública a favor do Opressor e criminaliza o Oprimido. Todos os povos que resistem atualmente contra a opressão dos países ricos devem ser exemplos a serem seguidos por todos que lutam para um planeta sem opressão e com justiça social.

“Eu só peço a Deus
Que a dor não me seja indiferente
Que a morte não me encontre um dia
Solitário sem ter feito o que eu queria”

(Mercedes Sosa)

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