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Carlos Carvalho

Doutor em Linguística Aplicada e professor na Universidade Estadual do Ceará - UECE.

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Desconjurar a ignorância, que tal?

Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters/Carla Carniel | Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
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Foram seis anos de destruição de um país que até outro dia se dizia ser “do futuro”. O golpe que depôs a presidenta Dilma Rousseff abriu a porteira para o que de pior poderia acontecer ao Brasil. E a nossa pátria, mãe tão distraída, já não conseguia nem mais dormir, e em estado de insônia infinita se via subtraída em suas riquezas. Sua fauna era exterminada e em chamas suas florestas ardiam. Dilapidaram tudo, aparelharam as Instituições e milicianizaram as forças de segurança. Há poucos em quem ainda se pode confiar. Ainda levará um tempo para separar o joio do trigo, mas será feito.

Mesmo sob ataque inimigo, a maioria do povo brasileiro não se rendeu. Ferido e triste não aceitou o aparato genocida que tomou conta da nação. Assim, aguardou o momento certo e, por meio do voto, apeou da cadeira presidencial o indigente que, por meio do lawfare levado a cabo pelos paus-mandados do judiciário, fora colocado lá, vilipendiando a Constituição, esfaqueando a República e ferindo de morte a democracia brasileira. Tal tortura durou quatro anos, acabando somente com Luiz Inácio Lula da Silva eleito Presidente do Brasil pela terceira vez. E foi assim que aos olhos de todos, se descortinou o “triplex”, objeto de fetiche daquele provinciano e mentecapto ex-juiz.  

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As expectativas acerca do governo que começa são, como não poderiam deixar de ser, as melhores. Contudo, como bem nos diz João Cabral de Melo Neto: “um galo sozinho não tece uma manhã”. Logo, é indispensável que todos e todas que trabalharam para eleger Luiz Inácio e que por isso mesmo desejam um país decente, continuem na frente de batalha, uma vez que serão quatro anos de muita luta sob incessantes “tiroteios” de determinados grupos da mídia corporativa (os de sempre), de militares quinta coluna e de um mercado que odeia pobre. E tudo isso sem desconsiderar o “fogo amigo” que sempre aparece nos piores momentos. Convém, no entanto, não cairmos na tentação de ensinar pai-nosso ao vigário, digo, ensinar política a Lula, pois falharíamos horrivelmente.

Entre inúmeras ações necessárias à reconstrução do país, uma das principais deve ser a de desconjurar, como nos diz Chico Buarque, a ignorância. Não apenas a ignorância, a estupidez e a alienação política que foram responsáveis pelos quatro anos que afundaram essa nação na lama do caos. Mas também o preconceito de classe, a aporofobia, a LGBTfobia e o racismo estrutural, que por muito tempo foram mantidos nos escaninhos da memória daquelas pessoas que sempre consideramos como próximas, mas que despertaram da sua insignificância existencial quando ouviram o apito de cachorro soprado por aquele com quem guardam mórbida identificação ideológica. Votar no miliciano genocida e defender sua política de morte nada tem a ver com liberdade de expressão, mas com a falha de caráter comum a ele e àqueles que defendem com palavras, atos, unhas, dentes e balas suas propostas beligerantes, delinquentes e criminosas.

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Daí em diante, essas pessoas perderam a vergonha de serem estúpidas e se danaram a ruminar seus “achismos” nas ruas, shoppings, salas de aula, consultórios, redes sociais e calçadas de quartéis.  Falar para essas pessoas sobre direitos humanos e inclusão social é como feri-las de morte, pois não valorizam o próximo, mas apenas a si mesmas. E assim, do alto da indigência intelectual e dos imorais momentos de cognição incompleta dessa gente é que se foi gestando no Brasil a asquerosa serpente, que só agora começa a ser derrotada, mas enquanto a besta fascista ainda resfolega, o Brasil sobe a rampa rumo a um novo tempo. O pesadelo acabou. Sobrevivemos. Acabou!

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