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Ricardo Cappelli

Ricardo Cappelli é secretário da representação do governo do Maranhão em Brasília e foi presidente da União Nacional dos Estudantes

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E se Boulos decidir entrar na dança?

"Guilherme Boulos, o jovem líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST, segundo a Folha de São Paulo, avalia entrar na corrida presidencial. É uma boa notícia", diz o colunista Ricardo Cappelli, que, no entanto, faz uma ressalva; "Seu movimento, o “Vamos”, inspirado no 'Podemos' espanhol, parte de uma premissa questionável: o fracasso do lulismo. Na experiência espanhola houve um vazio a partir da derrota e da incapacidade da esquerda de se renovar. O mesmo quadro se apresenta no Brasil? As recentes pesquisas presidenciais parecem indicar que não"

Guilherme Boulos (Foto: Ricardo Cappelli)
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Guilherme Boulos, o jovem líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST, segundo a Folha de São Paulo, avalia entrar na corrida presidencial. É uma boa notícia. Dirigente de uma organização que coloca no centro à luta por moradia, antigo drama brasileiro, seria a oportunidade do ativista demonstrar que sua influência vai além das seis mil famílias acampadas na grande São Paulo ou das rodas “caetanistas”, a esquerda classe média que se reúne para discutir o futuro do Brasil em animadas rodas de chopp na Vila Madalena, bairro boêmio da terra da garoa.

Formado em filosofia pela USP, conquistou espaço liderando ocupações urbanas ousadas e questionando os limites transformadores do Lulismo. Crítico dos governos Lula e Dilma pela esquerda, virou colunista da Folha, sempre com boas reflexões sobre a conjuntura brasileira. Com o golpe, sua posição correta de combate à ofensiva reacionária, e ocupações “incômodas” para a elite paulistana, acabou “democraticamente ejetado” das páginas da família Frias.

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Se conseguir provar que numa quadra de defensiva histórica, num país da periferia do capitalismo mundial, é possível construir uma candidatura competitiva restrita a esquerda, terá dado grande contribuição ao debate de ideias no país. Se estiver errado, pode acabar cumprindo o mesmo papel caricato de Luciana Genro.

Dificilmente disputará contra Lula. Não correrá o risco de ver debitada em sua conta uma divisão que leve à derrota nas urnas o martirizado ex-presidente. O MTST possui fortes ligações com a CUT e com o próprio PT.

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“Bígamo”, almoça com o PT e janta com dirigentes do PSOL. Não quer nenhum dos dois. Sonha com um novo partido formado pela junção da esquerda petista com a parte lúcida que ainda resta no PSOL. Inteligente, espreita a inabilitação de Lula. Se este momento chegar, fará a disputa pelo legado lulista “mais avançado” por dentro e por fora do PT. Lula, mais sabido que todos, tem suas razões para tentar mantê-lo por perto.

Seu movimento, o “Vamos”, inspirado no “Podemos” espanhol, parte de uma premissa questionável: o fracasso do lulismo. Na experiência espanhola houve um vazio a partir da derrota e da incapacidade da esquerda de se renovar. O mesmo quadro se apresenta no Brasil? As recentes pesquisas presidenciais parecem indicar que não.

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As presenças de Boulos, Manuela, e no caso da inabilitação de Lula, se o PT optar por Lindbergh, experimentado quadro da esquerda que já liderou milhões pelo país, trariam inquestionável frescor e novidade à disputa. Bela companhia ao neste caso decano Ciro Gomes na construção de um caminho que deságue na desejável unidade do campo popular e democrático.

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