CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Denise Assis avatar

Denise Assis

Jornalista e mestra em Comunicação pela UFJF. Trabalhou nos principais veículos, tais como: O Globo; Jornal do Brasil; Veja; Isto É e o Dia. Ex-assessora da presidência do BNDES, pesquisadora da Comissão Nacional da Verdade e CEV-Rio, autora de "Propaganda e cinema a serviço do golpe - 1962/1964" , "Imaculada" e "Claudio Guerra: Matar e Queimar".

699 artigos

blog

Esse é o cara!

"Ao apontar para o Lula como 'o cara', Obama, ainda que involuntariamente assinalou o alvo para as agências de inteligência, para o DOJ (Department of Justice -DOJ), etc e deu início ao Lawfare", avalia o ex-chanceler Celso Amorim à jornalista Denise Assis

(Foto: Reprodução)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Por Denise Assis, para o Jornalistas pela Democracia 

O ex-chanceler, Celso Amorim, demonstrou contrariedade e reagiu às declarações do ex-presidente americano, Barack Obama, que a propósito de lançar o seu livro de memórias no Brasil, (“Uma terra prometida”), deu uma entrevista aos jornalistas Pedro Bial (da TV Globo) e Flávia Barbosa (jornal O Globo), em que teceu comentários pouco airosos a respeito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Obama, que durante uma reunião do G-20, em 2009, cumprimentou Lula com simpatia e apontando para ele disse: “esse é o cara. Amo esse cara”, em seu livro mudou o tom e o descreveu como alguém com “os escrúpulos de um chefão mafioso”.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O ex-chanceler não quis que sua fala soasse como uma resposta. Preferiu usar uma linguagem de cunho diplomático para se referir às declarações do ex-presidente estadunidense. Testemunho da cena na reunião do G-20 e do clima de camaradagem da época, comentou: “não sei se foi intencional. Não quero dizer algo levianamente. Mas ao apontar para o Lula como “o cara”, Obama, ainda que involuntariamente assinalou o alvo para as agências de inteligência, para o DOJ (Department of Justice -DOJ), etc e deu início ao Lawfare.

Amorim ainda complementou que, “independentemente de simpatia, todos esses líderes se curvam diante do interesse maior da potência americana: não pode haver outra potência no continente americano”.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

A descrição feita por Celso Amorim, faz lembrar a expressão “ecce homo”, que significa: “eis o homem”. Ela foi proferida por Pôncio Pilatos e está reproduzida no evangelho João (19.5), numa referência à cena em que apresenta ao público Jesus flagelado, ensanguentado, já com a coroa de espinhos e que dali seguiria para a crucificação.

Ao “retificar” suas impressões sobre Lula, no livro, Obama escreveu, segundo o jornal O Globo: “Bem, como os relatos de corrupção que surgiram, na época eu não sabia de todos eles. Acho que o dom que o Lula tinha de se conectar com o povo brasileiro e o progresso econômico que aconteceu quando ele tirou as pessoas da pobreza são coisas que não podem ser negadas. Uma das coisas que tento fazer no livro é descrever as complexidades dessas figuras. Falo de Putin, Merkel. O que você acaba percebendo é que a maioria dos líderes é um reflexo das contradições e das tensões dos seus países”. (A tradução é do jornal). Estaria bem, o ex-presidente americano, se examinasse as próprias contradições.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO