Ideais libertários deram o tom do 21 de Abril
O governador tem razão. É de paz, e não de passividade; de liberdade, e não de opressão; de justiça, e não de justiceiros, que a humanidade necessita, sobretudo o sacrificado povo brasileiro, que vive hoje tempos de exceção. Que a história libertária de Minas seja exemplo de resistência, como destacou Pimentel em seu discurso em Ouro Preto
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O ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela, morto em 2013, foi o maior homenageado na cerimônia da Medalha da Inconfidência, em Ouro Preto, em 21 de abril. Justa escolha. A concessão da principal honraria concedida pelo Estado a um dos mais importantes líderes da história recente coroou a linha adotada pelo governador Fernando Pimentel para as homenagens: a de recuperar o ideal de liberdade simbolizado por Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, mártir da Inconfidência Mineira.
Diretriz iniciada com a emblemática concessão do Grande Colar, em 2015, a João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Símbolo da luta pela terra e pela igualdade, o MST é exemplo de organização popular e se une a outras entidades para empunhar as bandeiras dos excluídos.
Compromisso também assumido por Pimentel ainda durante a campanha e que começou a ser cumprido já no primeiro dia do mandato, quando, como um de seus primeiros atos no cargo, o governador criou a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário (Seda). A pasta foi instituída para atuar na democratização do acesso à terra e tem hoje cerca de 7.000 famílias cadastradas no Programa de Regularização Fundiária. A Seda tem ainda a função de promover a agricultura familiar, que responde atualmente por 65% dos empregos no campo em Minas e garante alimentos de qualidade em nossas mesas.
Encampando os mesmos ideais libertários, outro homenageado com a principal honraria da Medalha Tiradentes foi o ex-presidente do Uruguai José Mujica, em 2016. Pepe Mujica, como é conhecido, é um notório defensor dos direitos dos menos favorecidos e da luta pela igualdade e pela liberdade dos povos desde o período da ditadura que aterrorizou seu país, na década de 60.
Não foi diferente a motivação da homenagem deste ano a Nelson Mandela, cuja luta Pimentel bem comparou à de Tiradentes, com a premência de se recuperarem os legados desses grandes líderes diante do ódio, da intolerância e da discórdia que crescem no mundo. Apesar do passar de anos ou séculos, vemos ainda hoje a liberdade e a justiça ameaçadas, da mesma forma que na Conjuração Mineira ou no Apartheid, que levou o líder africano à prisão.
O governador tem razão. É de paz, e não de passividade; de liberdade, e não de opressão; de justiça, e não de justiceiros, que a humanidade necessita, sobretudo o sacrificado povo brasileiro, que vive hoje tempos de exceção. Que a história libertária de Minas seja exemplo de resistência, como destacou Pimentel em seu discurso em Ouro Preto:
"Minas Gerais guarda nestas montanhas o sonho libertário que alimenta a nossa consciência. Sonho de liberdade e de paz, que atravessam nossa história. E, como já nos disse o poeta que os sonhos não envelhecem, quero repetir aqui as palavras de Juscelino Kubitschek, aquele mineiro filho de uma família humilde, que se fez presidente e líder respeitado e amado por nosso povo: desejo a todos 'a paz da justiça, a paz da liberdade, a paz do desenvolvimento'".
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