Não foi um domingo no parque

Como era de se esperar, já começaram os ataques às decisões que condenaram os três primeiros réus

(Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)


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O rei da “brincadeira” do domingo, 08 de janeiro, sabe-se muito bem quem foi, pois é o mesmo rei da confusão. E embora seu nome também comece com “J”, não é José, como também não é João. O tal sujeito nunca trabalhou em uma feira, muito menos em uma construção. Nada fez de relevante ao longo de sua inexpressiva existência e, talvez por isso mesmo, conseguiu arregimentar à sua volta um séquito de energúmenos e mentecaptos dispostos a tudo para sair da escuridão do esgoto no qual sempre chafurdaram.  

O domingo lhes pareceu o dia perfeito, e não teria sido escolhido à toa, uma vez que para muitos é um dia santificado, considerado o Dia do Senhor. Mas ser um dia de missa, praia e céu de anil não era o que interessava a nenhuma das serpentes que, sob as bênçãos dos quartéis do exército, chocaram seus ovos por longos e longos dias. Eis que chegou o domingo! E a imensa massa de criminosos seguiu rumo àquilo que achava que seria seu dia de derrubar o “capitólio”. Assim, o domingo não poderia passar tão rápido, não podia acabar. Quanto mais longo fosse aquele dia, maior seria o estrago, pois somente assim o exército tomaria as ruas, as eleições seriam anuladas, Lula e Moraes presos e, provavelmente, mortos.  

Atiçada por pelo menos quatro anos (por quem, hein?) e contando com a omissão das forças policiais e o apoio de boa parte da mídia corporativa brasileira, a turba de bandidos se sentiu muito à vontade para vandalizar o patrimônio público e tentar botar abaixo o Estado Democrático de Direito. Por muito pouco, a democracia brasileira não foi a nocaute, embora continue nas cordas, tendo em vista que o inimigo é interno e a quinta coluna continua minando as instituições. E se as cabeças da hidra que planejou tudo isso não forem decepadas agora, de nada adiantará condenar e mandar para a prisão as “buchas de canhão” que estão servindo de boi de piranha. Os mandantes e financiadores da tentativa do golpe do dia 08 de janeiro são muitos, e até as paredes dos prédios da Polícia Federal e do STF sabem quem são. Resta “chamá-los para as conversas” e mostrar ao povo brasileiro que a nossa justiça não existe somente para condenar pretos e pobres.

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Como era de se esperar, já começaram os ataques às decisões que condenaram os três primeiros réus. E digo: 17 anos de cana é pouco, pois ninguém tem o direito de destruir o patrimônio público e nem atentar contra a democracia, enquanto regime apoiado e defendido pela maioria da população brasileira; esta mesma população que aceitou calada e chorou toda vez que seus candidatos e candidatas foram derrotados nas urnas, mas seguiu em frente sem, sequer, chutar uma lata de lixo.  

“Coitadinhos desses condenados”. Coitadinhos nada! São adultos, receberam dinheiro, comiam bem, bebiam, fumavam, transavam nos acampamento, e sabiam muito bem o que estavam fazendo. O oito de janeiro foi planejado, executado e amplamente registrado em áudio e vídeo. O oito de janeiro não foi um domingo no parque. Domingo no parque é quando, parafraseando Lou Reed, aproveitamos o dia para tomar um vinho com quem gostamos, vamos ao zoológico e voltamos pra casa para ver um filme. Já o oito de janeiro foi o maior atentado à democracia brasileira. Logo, que todos os envolvidos sejam condenados, para que não esqueçamos e que isso nunca mais volte a se repetir.  

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