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Marconi Moura de Lima Burum

Mestrando em Direitos Humanos e Cidadania pela UnB, pós-graduado em Direito Público e graduado em Letras. Foi Secretário de Educação e Cultura em Cidade Ocidental. Trabalha na UEG. No Brasil 247, imprime questões para o debate de uma nova estética civilizatória

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O “bê-a-bá” do seu voto em 2018

Em 2018, não xingue, não fale abobrinha, não pense que sabe tudo da política brasileira (sistema). Apenas vote com a sabedoria de quem realmente soube perceber o que é melhor para a sua vida e para a vida dos que virão depois de nós

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Começo esse artigo dizendo que estou convencido que tudo isso ocorrendo na política brasileira é tão “menos” culpa dos políticos que nossa, sim, nossa, dos eleitores. Pois bem! Vamos, a partir deste trabalho, refletir nossa ação concreta na mudança da lógica da Política Brasileira (Sistema).

Começo por indagar se lembramos em quem votamos para Deputado Federal na eleição de 2014(?). Bom! Isso nesse momento é um pouco menos relevante. Todavia, vamos analisar o contexto. Em Goiás, por exemplo, são 17 deputados federais e 3 senadores. Destes deputados, apenas 3 são “novatos” na política, entretanto, nenhum deles veio de berço fraco: são proprietários de helicópteros e barcos de luxo, ou pecuaristas, ou ricos donos de construtoras, de hospitais privados de grande porte, e por aí vai. Quanto ao demais: sempre REELEITOS por nós, seja para a Câmara, ou Assembleia. Para citar apenas um bem conhecido nacionalmente (o Relator do Impeachment da Dilma), o Deputado Jovair Arantes que tem 6 mandatos consecutivos. Vou repetir: ele está na Câmara Federal desde o 1º dia útil do ano de 1995. Quantos filhos dos nossos leitores já chegaram aos 22 anos de idade? Pois é! Jovair nos “representa” desde que seu filho nasceu, Leitor.

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Não quero perder muito tempo falando da “Casta Real” do Senado brasileiro. É uma aberração. São eleitos 3 senadores em cada estado (seja pequeno, ou grande), mas essa ainda não é a desgraça. A coisa mais feia mesmo é a Suplência do Senador. Você algum dia votou em senador perguntando quem era seu suplente? Nem eu! Então. O Edson Lobão, do Maranhão, semi-ladrão (estou brincando... era só pra rimar... rsrs... homem honesto, até que se prove o contrário). Sabe quem é o suplente desse senador? Edson Lobão Filho. Hãmmm? Isso mesmo. O “Júnior”. O Edsonzinho. Mas não me pergunte como ele foi parar no Senado Federal por tantos anos. Pergunte aos eleitores do Maranhão.

Quando o suplente não é o Filho; é o patrocinador da campanha. Podemos voltar em Goiás? Tem a senadora do “Botox”, aquela que quando fala na tribuna parece que vai rasgar a cara (dá até dó... SQN). Não é a Marta Suplicy (SP), nem a Ana Amélia, a Amélia do Rio Grande [do Sul]. É a Lúcia Vânia. Eu ainda brincava de “pique-esconde” na rua na adolescência quando essa mulher entrou na política. No Senado, acho que é 3º mandato de 8 anos cada – se ela vencer 2018 (Meu Deus!). Ah, mas por falar em suplente: o Wilder Morais é o Suplente do (agora você vai lembrar) ex-Senador ultra-honesto de íntegro, Demóstenes Torres. O Wilder era tipo um sócio do Carlinhos Cacheira (a ex-mulher de Wilder, Andressa Mendonça, é a atual esposa do contraventor, e foram eles que indicaram Wilder para suplência). Puxa! Como esse cara tem dinheiro! Entretanto, não precisou de um voto para chegar ao Senado. Bastou patrocinar o Demóstenes (700 mil reais de investimento, só o declarado na campanha). Está lá no Congresso para defender os interesses dos empregados de suas empresas (SQN, de novo!)

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E em São Paulo: é diferente? No Rio: metade dos deputados e senadores são esse tipinho aí. Lá em Minas, ó, Minas Gerais. Sério! Tem jeito não. O deputado Inocêncio Oliveira, de Pernambuco. Eu trabalhava na Câmara. Um dia, esperando uma consulta clínica no Posto Médico da Casa, eis que vejo chegar num carro de placa oficial – chique, com a ajuda de seu motorista que o colocou numa cadeira de rodas (sem placa oficial) e o conduziu às pressas para dentro do consultório. Quem era? Inocêncio. Passara mal enquanto “trabalhava”. Reparei dias depois que ele já não conseguia falar direito (voz bem cansada e meio rouca) e só andava por meio de cadeira de rodas pelos corredores daquela Casa de Leis. Pensava eu: “Nossa! O cara não larga o osso! Será que quer morrer na Tribuna?”. Quase isso. Ele estava no 10º mandato. Ufa! Não dou conta de contar. Quer dizer que são 40 anos de deputado? Isso mesmo. Ele só perdia em mandatos para o Eduardo Henrique Alves (PMDB-RN), que tinha 11 mandatos seguidos, sem contar os do seu pai e os dos tios, que também já foram deputados. Alves entrou na Câmara com 22 aninhos, e saiu – para ser governador, foi quase – com 66 anos de malandragem. Ah, sobre o Inocêncio: parece que a família exigiu que ele não fosse mais candidato (mas terminou aquele mandato – na cadeira de rodas).

Deixa eu fazer um parêntese rápido. Tem paulista que acha que é melhor que nordestino. Isso na minha terra chamamos de “Zé Ruela”. Lá em São Paulo, tem eleitor jumento também. Elegem sempre entre os 5 mais votados do Brasil, o Paulo Maluf – é, esse que se pisar o pé no Paraguai, ou na Inglaterra, a Interpol prende de tanto que roubou. Na última eleição ele só perdeu para o Celso Russomanno (risadas) e para o Tiririca (sério?).

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Você deve está bem chateado com essa situação, não é? Fique não! A culpa é sua. É de cada eleitor, de cada estado desse País. Trocam o voto por baguetes e bagatelas que duram poucos dias. E perdem tudo: Direitos Trabalhistas; Aposentadoria; Saúde de qualidade; Educação para os filhos; Universidades; Ruas transitáveis; Qualidade de Vida. Perdem tudo porque preferem a ilusão temporária. E repetem, repetem, e repetem novamente seus deputados e senadoras.

Mas eu tenho a receita para você em 2018. Não reeleja ninguém que tenha VOTADO A FAVOR da “Deforma”, digo: Reforma Trabalhista (são seus direitos jogados na lata do lixo); a Reforma da Previdência. Não vote em nenhuma deputada ou senador que tenha traído sua confiança. Mesmo que você passe raiva depois, se decepcione depois, arrisque um NOVO deputado, uma nova senadora, um novo projeto.

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Espera aí! Ainda não terminei. Sabe o seu vereador? Sim, aquele que toma cafezinho na sua casa, que frequenta a sua Igreja? Então. Ele vai bater à porta da sua casa em 2018 com aquele mesmo papo de sempre. Sim, é que normalmente deputado e senador não tem tempo para visitar todas as casas. Claro! Seria impossível fazer campanha conversando com cada eleitor. Aí ele PAGA seu vereador, prefeito, ou algum líder de associação de moradores, um líder qualquer, o deputado paga! Sim, ou paga em dinheiro vivo, ou diz que vai arrumar um emprego para o filho do prefeito, ou diz que vai ajudar na reeleição do vereador. Eu já fui vereador. Sei como isso funciona.

Então. Qual é a sua obrigação em 2018, Eleitor?  Você vai esperar o vereador lhe visitar. Quando ele chegar com o “santinho” do deputado, primeira pergunta: “Vereador Fulano, qual é o projeto para a geração de emprego desse seu candidato? Ele vai fiscalizar o dinheiro do SUS? Aliás, ele já foi ou é deputado? E como ele votou nas malditas reformas que tiraram os direitos dos trabalhadores?”. Se o vereador tremer a fala, ou se desviar o olhar de ti, êpa!, corre dessa praga! Se o vereador for muito amigo da família, ou você gostar muito do trabalho dele na Câmara Municipal, você diz assim: “Querido! Sabe o quanto eu gosto de ti. Você tem o meu voto. Sabe disso, né? Mas não me fala mais dessa peste que votou contra meus direitos, porque senão até você vai perder o meu respeito, entende?”

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Pessoal, eu dou minha cara à tapa se isso não funcionar; que, se nós nos comportarmos assim na Eleição de 2018, tenho certo que renovaremos o Congresso Nacional brasileiro. Teremos deputadas e senadores justos (a metade, pelo menos, já que hoje se tiver 12,3% ali que preste é muito). Se tu, Eleitor-Culpado, sair da tua zona de conforto (e eu também), votar não mais, nunca mais pelo emprego da filha, pelo tijolo do muro, pela conta de água ou o remédio naquela eleição, ou porque seu amigo vereador pediu; se não reeleger canalhas que já têm 2 ou 3 mandatos nas nossas costas, eu tenho certeza que esse País mudará de verdade. Sim, porque não tem Presidente da República dê que conta de tudo, com tantos cafajestes negociando sacanagens em troca das leis que se vota no Congresso... e nós, que elegemos Suas Excelências, nunca damos à importância real a uma Deputada e Senador justos, honestos, competentes e aguerridos a servirem nosso querido País e honrar nosso suado Voto, que custa impostos os quais são usados para a corrupção destes reeleitos que citei acima, ao invés de salvar idosos que estão nas filas dos hospitais – trabalhando, haja vista não poderem se aposentar mais (talvez).

Enfim. Em 2018, não xingue, não fale abobrinha, não pense que sabe tudo da Política Brasileira (Sistema). Apenas vote com a sabedoria de quem realmente soube perceber o que é melhor para a sua vida e para a vida dos que virão depois de nós. Lembro que a política não tem culpa de nossos erros. E que é melhor você ficar decepcionado por tentar um novo candidato, que se arrepender de repetir o idiota que te traiu na vez anterior. Encontramo-nos na Urna em 2018 para devolver ao Brasil a Democracia, no entanto, dessa vez com Parlamentares dignos.

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Até lá...

(Compartilhe esse texto com seus professores, seus amigos e seu vereador... para ele já ir pensando duas vezes antes de te procurar só com a conversa fiada; sem projetos concretos.)

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