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Ângelo Cavalcante

Economista, cientista político, doutorando na USP e professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG)

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O maldito herói

Inflado pelas veleidades de uma mídia privado-corporativa livre de peias ou controles, Moro representa o restabelecimento do autoritarismo como conduta majoritária e norteadora da própria sociabilidade brasileira. O Judiciário é Moro e Moro é o Judiciário

Brasília- DF- Brasil- 07/04/2015- O juiz federal Sérgio Moro participa de apresentação de um conjunto de medidas contra a impunidade e pela efetividade da Justiça, na sede Associação dos Juízes Federais do Brasil (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) (Foto: Ângelo Cavalcante)
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Sérgio Moro é um crápula fascista; um sociopata com mania de ser "deus"; um, mais um, voluntarista que se acha portador de certa vontade divina e transcendental e que magicamente, o converte em espécie de condutor da pátria brasileira ante ao seu futuro. Seu fascismo está no dogma patológico e insustentável de que sua convicção é superior a toda e qualquer razão.

Inflado pelas veleidades de uma mídia privado-corporativa livre de peias ou controles, Moro representa o restabelecimento do autoritarismo como conduta majoritária e norteadora da própria sociabilidade brasileira. O Judiciário é Moro e Moro é o Judiciário.

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O silêncio e a discricionariedade desse poder estamental ante aos procedimentos napoleônicos e personalistas deste "kapo" indicam esta tese.

Notadamente, a direita brasileira tem volúpias e orgasmos consecutivos ante ao que se processa com a esquerda e, sobretudo, com o Partido dos Trabalhadores. Com a possível prisão do ex-presidente Lula, então, esta "elevada gente e de igualmente elevado espírito público" flutua, não cabe em si.

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Mas como a história não funciona linearmente mas, ao contrário, é caótico movimento de forças e contradições e que gera mais contradições; que oscila com maior ou menor intensidade já sabemos que esse fascismo jurídico irá passar e o mundo da política retornará vivo e com força de maneira que a vontade popular será a determinação central de um povo; a participação livre e autêntica da gente do povo será o solo derradeiro e decisivo para a definição de quadros e lideranças a gerirem o país e não os expedientes de um facínora persecutório que acha que a justiça acontece sem método, meio e procedimento adequado.

Acontece que o exercício da política é antes, elemento de estabilização social. Fazer a política acontecer e torna-la valor e cultura impede o meio fácil e perigoso da violência e da imposição da vontade dos maiores aos menores.

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Não obstante, depois de Moro, as veias abertas do Judiciário brasileiro são alargadas e o sangue de uma institucionalidade possível é perdido aos jorrões potencializando este poder, mais ainda, como o mais fechado, burguês, antidemocrático e, como se bem sabe, gerido por dinastias ou castas familiares cujo compromisso não é, nem de longe, com a democracia, com o controle social e com o serviço ao povo que não casualmente, o custeia, mas com privilégios descabidos e honrarias desnecessárias.

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