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William De Lucca

Jornalista e especialista em marketing digital. Atualmente, é ativista digital, lgbt e de direitos humanos, coordena o marketing do Sindicato dos Bancários de SP, apresenta o programa Estúdio Diversidade, na TV 247, e escreve sobre diversidade no site Brasil 247

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O Mito comeu a língua do Moro

Moro, antes falastrão em um cargo jurídico, onde atuava de forma política, cala-se ao alçar voo para um cargo político de indicação política, onde teria toda a liberdade do mundo para opinar sobre o que bem entendesse; O presidente eleito Jair Bolsonaro vai embebedar o Juiz com o poder que ele tanto anseia e seu destino no STF mas, para isso, o Mito comeu a língua do Moro

O Mito comeu a língua do Moro (Foto: Lula Marques/Agência PT)
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Se tem uma coisa que a gente não pode negar é que o governo eleito de Jair Bolsonaro já promoveu seus pequenos milagres antes mesmo de assumir o poder executivo federal. O Capitão, com seu jeito tosco de falar, reflexo direto de seu jeito de pensar, nunca foi articulado em entrevistas, debates ou em aparições públicas, conseguiu fazer com que a voz de um de seus mais importantes assessores sumisse.

O superministro Sérgio Moro, quando ainda era juiz federal, jogava-se em qualquer holofote que piscasse por perto, se agarrava em qualquer microfone de imprensa que passasse em sua frente. Moro era incalável. Comentava seus processos em longas entrevistas, contrariando a recomendação de pronunciar-se somente nos autos, gotejava informações privilegiadas para colunistas e jornalistas amigáveis. Era um pop-star, presença constante em festas e eventos, capa garantida dos jornalões e revistinhas.

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Ao virar ministro, Moro calou.

Não comenta mais nada. Não tem mais opiniões sobre os processos que correm ou deixam de correr. Não fala mais sobre corrupção, sobre denúncias, sobre investigações. Não tinha nada a dizer sobre seus colegas de primeiro escalão com extensa lista de processos, não deu um pio sobre o ex-motorista de Flávio Bolsonaro, que movimentou muita grana suspeita, recebendo depósitos de assessores do clã político.

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Moro, antes falastrão em um cargo jurídico, onde atuava de forma política, cala-se ao alçar voo para um cargo político de indicação política, onde teria toda a liberdade do mundo para opinar sobre o que bem entendesse.

É o preço que Moro paga por sua ambição. Está ministro de Bolsonaro pensando em ser levado para o STF, como fez Alexandre de Moraes, ministro de Temer que hoje ocupa assento na Suprema Corte. Pra isso, não pode contrariar seu patrão, o Capitão. Bolsonaro montou uma equipe de notáveis bandidos para o primeiro escalão e colocou, junto deles, o juiz que se tornou símbolo de combate à corrupção, caladinho, debaixo de suas asas.

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O Capitão vai embebedar o Juiz com o poder que ele tanto anseia mas, para isso, o Mito comeu a língua do Moro.

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