Em São Paulo, estatuas homenageiam genocidas conhecidos como o bandeirante Borba Gato e avenidas tem nome de ditadores militares responsáveis pela perseguição e morte de centenas de brasileiros. É preciso homenagear quem defendeu as liberdades, os direitos e a democracia, sem a intenção de reescrever a história, mas de mostrá-la pelo luta dos oprimidos
William De Lucca
É preciso agir contra o fascismo e contra o desmonte dos direitos sociais conquistados. É preciso dar um basta no sucateamento das políticas públicas, é preciso construir um Estado que cumpra seu papel de reduzir desigualdades e promover inclusão de quem mais precisa
Como canta Quebrada Queer, mesmo ameaçado, eu seguirei sendo cada vez mais viado. Porque eu existo, porque eu resisto, e resistir com orgulho é minha forma de fazer política.
Representante de um grupo político fascista, que financia o aparelhamento familiar do Estado as custas do sangue de minorias e grupos oprimidos, Carlos Bolsonaro é citado, frequentemente, como "homem gay no armário". Mas qual é o efeito deste discurso na promoção de avanços para a comunidade LGBT?
"Não podemos ignorar que o caráter pedagógico desta decisão. Fomos tomados pelo obscurantismo de menina-veste-rosa, de comunidades terapêuticas, de ataques a diversidade e de devastação nas políticas públicas para a comunidade LGBT. Criou-se um clima de derrota dos avanços conquistados e uma muralha da China para novos avanços. Esta decisão, abre uma brecha", escreve o jornalista e editor do 247, William De Lucca
Eu quero ver Bolsonaro fora da presidência, e por isso votei em outros projetos e fiz campanha para outros candidatos e me coloco desde sua vitória como opositor ferrenho de seu projeto, mas é preciso que tenhamos cautela neste processo
O editor e colunista do 247 William De Lucca, afirma que o combate a Homofobia exige que se tire do papel o 'kit gay'; e alerta: "não, não o delírio fascista de Jair Bolsonaro durante boa parte de seu último mandato como deputado, que teria por finalidade 'tornar crianças gays', mas um programa de combate a homofobia robusto, como proposto por Fernando Haddad, durante o Governo Dilma"
Fica aqui a minha sugestão para que a festa aconteça em um ambiente menos hostil: o Açaí da Wal, em Angra dos Reis, Rio de Janeiro; apesar de Bolsonaro ter pouco apreço pelo estado que o elegeu por 30 anos como deputado federal, já que ignorou os mortos no desabamento de prédios, das chuvas e os fuzilados pelo Exército, nada melhor do que uma festa em casa para garantir paz e tranquilidade; ao lado de milicianos e funcionários fantasmas, Bolsonaro se sentirá mais em casa e menos desprezado do que nos States
A rapidez com que o presidente Jair Bolsonaro prestou sua solidariedade para com o apresentador Danilo Gentilli, condenado por crime de injúria contra a deputada Maria do Rosário, a mesma que Bolsonaro insinuou, há anos atrás, não merecer ser estuprada por ser feia; enquanto isso, o presidente não publicou nenhuma linha sobre os mortos pela negligência de seus aliados em relação as chuvas no Rio de Janeiro e muito menos em relação a Evaldo Rosa, assassinado pelo Exército com mais de oitenta tiros
Jornalista William De Lucca resgata o histórico de Jair Bolsonaro de 'lamber botas', desde quando era deputado federal; "Depois de eleito, com o impulso de uma vida lambendo botas de viúvas da ditadura e de milicianos criminosos, Bolsonaro precisava ampliar seus horizontes. Para registrar sua subserviência à política externa dos EUA, o presidente tem feito de tudo para humilhar o Brasil internacionalmente", diz ele, criticando a nova posição de "satélite" de Donald Trump promovida pelo governo Bolsonaro
Talvez criminalizar a LGBTfobia através do STF não seja o caminho ideal, mas a omissão das quatro gestões do PT sobre a criminalização da LGBTfobia, somadas a como os governos Temer e Bolsonaro não tem apreço pela pauta, faz com que a criminalização através do STF seja a única saída possível ante a ineficiência do executivo e do legislativo de trazer luz ao assunto
Em breve, o brasileiro desempregado vai cobrar emprego, a mãe que não tem creche para deixar seu filho vai querer uma vaga na educação infantil, o pai que perde o filho para a violência urbana vai querer ver melhora na segurança pública. O estudante vai sentir que a educação não melhorou, o motorista vai ver o trânsito engarrafado, o trabalhador vai ver o salário encolher. E aí, o que Bolsonaro fará?
Cortes 247
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