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Chico Junior

Jornalista, escritor e comunicador

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O mundo sombrio dos alimentos artificiais

Os ultraprocessados são perigosos para a saúde porque, entre outras coisas, usam muita química. Eles são um indício de que a indústria alimentícia já tem condições de produzir alimentos totalmente artificiais, como o hamburger da série “Years and years”

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Se o mundo dos alimentos ultraprocessados já é algo preocupante, você ainda não viu nada. Tem coisa pior na indústria alimentícia: o “alimento“ artificial, que de alimento mesmo não tem nada, é pura fórmula química.

Há uma série muito interessante na Netflix chamada “Years and years”, que mostra um futuro próximo nada agradável para a humanidade. Não é uma série sobre alimentos, mas em uma das cenas, uma das personagens aparece comendo um hamburger, com pão artificial e carne artificial, tudo produzido em laboratório. O pior é que ela gosta do sabor, gosta do que está comendo, mesmo sabendo que é artificial.

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Comecei a escrever este artigo depois de ler uma matéria publicada na quinta, dia 1, no jornal “Extra”, do Rio de Janeiro, que, baseada numa informação publicada no jornal inglês “The Guardian”, informa que “a Suprema Corte da Irlanda determinou que o pão vendido na rede de fast food Subway não pode ser considerado como pão”, devido, principalmente ao seu alto teor de açúcar. O Subway está presente em mais de 100 países e em 2014 resolveu começar a remover um agente de branqueamento usado na farinha que produz o dito pão.

Dia desses, depois de uma festa organizada pela minha enteada para uns amigos – jovens entre 18 e 21 anos – abri a geladeira e encontrei uma garrafa, pela metade, de um negócio chamado xarope de groselha, que eles usam para misturar com outras bebidas alcoólicas,

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Como se sabe, a groselha é uma frutinha vermelha rica em vitamina C (tem mais do que a laranja). Pois bem, peguei a garrafa e fui ver quais eram os ingredientes, ou melhor, a fórmula do tal xarope. Tomei um susto: açúcar, água, aroma artificial de groselha, corantes artificiais INS 129 e INS 150d, acidulantes INS 330 e INS 270 e conservante INS 211. Nem adianta procurar a groselha, pois não existe.

O Tang, um pó produzido pela Mondelez, é outro exemplo. O refresco mais consumido do Brasil é feito com um mínimo de polpa desidrata de fruta e uma lista extensa de nomes esquisitos e elementos químicos para dar aroma, sabor e cor da fruta. E muito açúcar.

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Cada vez mais a indústria alimentícia usa a química para produzir alimentos, ou pelo menos, o que ela chama de. Não importa muito o que seja; o que importa é que aquele determinado produto tenha, cor, aroma e, principalmente, sabor de alguma coisa que agrade o paladar da maioria dos consumidores. E que, de preferência, possa causar uma certa dependência, quase um vício.

Os ultraprocessados são perigosos para a saúde porque, entre outras coisas, usam muita química. Eles são um indício de que a indústria alimentícia já tem condições de produzir alimentos totalmente artificiais, como o hamburger da série “Years and years”. 

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É triste, mas é real: o alimento artificial é só uma questão de tempo.

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