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José Manoel Ferreira Gonçalves

Cientista político, jornalista, advogado, engenheiro civil e doutor em Engenharia da Produção

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O sinal continua vermelho para o monotrilho paulistano

Ao que tudo indica, o condutor no Palácio dos Bandeirantes não faz ideia de como dirigir a locomotiva chamada São Paulo

(Foto: Diogo Moreira/Máquina CW)
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Premiar a incompetência com recursos públicos, sem considerar a segurança e a dignidade da população. Essa será, resumidamente, a atitude do governo caso decida mesmo passar para a concessionária ViaMobilidade o contrato do monotrilho de São Paulo, conforme anunciado na semana passada.

A construção da chamada Linha Ouro, que ligará o aeroporto de Congonhas ao Morumbi, se arrasta há quase uma década e já consumiu bilhões de reais. O atraso motivou a suspensão do contrato com o consórcio responsável pela construção da linha por parte do governo, única medida louvável em todo esse imbróglio. 

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Há tempos temos alertado para esse descontrole, uma vergonha para qualquer gestão pública que se preze. A Frente Nacional pela Volta das Ferrovias possui, inclusive, uma Ação Civil Pública contra o governo do Estado e o metrô. 

Em nosso entendimento, é preciso abrir essa caixa preta e passar a limpo o motivo de tamanho descaso com a linha 17. Não podemos ignorar um histórico de dinheiro enterrado num projeto idealizado inicialmente para, pasmem, funcionar na Copa de 2014. 

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Como se já não houvesse motivos suficientes para incredulidade nessa história toda, a Coesa, empresa que praticamente abandonou as obras do monotrilho, não saiu do circuito, como era o mínimo a ser esperado (cabe averiguar as circunstâncias em que ela fez por merecer a interrupção do contrato e tomar as devidas medidas de reparação aos cofres públicos). A construtora integra um consórcio que acaba de assinar contrato com o governo estadual para obras na linha 15-Prata, no valor de quase meio bilhão de reais. Bilhete premiado para quem não conseguiu fazer a lição de casa. 

Estima-se agora que a conclusão do monotrilho paulistano irá exigir, já sob a responsabilidade da nova concessionária, mais R$ 2,7 bilhões. E numa nova e alarmante demonstração de que o transporte público ferroviário não é levado a sério pelo governo estadual, este cogita seriamente passar as obras do monotrilho à ViaMobilidade, a empresa que mais dor de cabeça tem causado à população de São Paulo, com seus atrasos e – pelo menos até aqui – visível incompetência para estar à frente da operação de uma ferrovia.

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Ao que tudo indica, o condutor no Palácio dos Bandeirantes não faz ideia de como dirigir a locomotiva chamada São Paulo. É um itinerário sem fim de derrapagens. E a mudança de maquinista só fez piorar a situação!

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