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Marcus Atalla

Graduação em Imagem e Som - UFSCAR, graduação em Direito - USF. Especialização em Jornalismo - FDA, especialização em Jornalismo Investigativo - FMU

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Os militares usam o mesmo truque disruptivo e os brasileiros caem novamente

O que deveria estar claro para todos, é que não haverá golpe, o golpe já aconteceu em 2016

Jair Bolsonaro (Foto: Adriano Machado/Reuters)
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Para os que ainda não estão à par de como os militares atuaram no golpe, transformaram um deputado obscuro em Presidente da República e estão usando de Psy Ops na população brasileira, vale ler o artigo anterior: O projeto de poder dos militares para as eleições 2022 e além.

O que deveria estar claro para todos, é que não haverá golpe, o golpe já aconteceu em 2016. Desde então, o objetivo tem sido estabilizar o regime golpista. Estabilização, que até o momento, não tem sido bem-sucedida.

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As operações psicológicas usam da disrupção cognitiva como método de camuflar, confundir e desorientar o inimigo. A beleza na Guerra-Híbrida está em usar a imprensa (meio de comunicação de massa) como propagadora da disrupção. A imprensa pode ter consciência disso e aceitar, por ter os mesmos interesses, ou involuntariamente, plantando-se informações falsas, que a imprensa reproduz sem saber que são.

Durante todo o golpe, o partido militar simulou haver uma dissidência, uma cisão interna entre grupos na caserna. No início haveria militares racionais versus militaristas Olavistas. Agora que esse discurso se esgotou, surgem os militares golpistas versus os legalistas, que pretenderiam garantir a segurança das eleições. O fato é, que a FFAA nunca desembarcou do governo que dizem sem contrário, aliás, desde o governo Temer.  

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Bolsonaro, colocado na presidência por eles próprios, é usado como o caos, o palhaço que bota fogo no circo, para a sim, os militares surgirem como os bombeiros. 

Semana passada: a criação de uma velha nova narrativa

A imprensa, principalmente, a Globo News, ficou a semana toda divulgando que o Comando das Forças armadas proibiu os militares de propagarem fake news, usarem máscara e se vacinarem. É crível que o alto comando só percebeu a importância disso, após dois anos de pandemia?

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Na mesma noite, apareceu na live do Bolsonaro, um suposto erro em que um militar de alta patente (pelo número de emblemas em seu uniforme), instrui o presidente sobre o que deveria dizer. Bolsonaro pode ser estúpido em vários sentidos, mas já demostrou estar muito bem assessorado, entretanto, continua-se subestimando sua capacidade.

E aqui temos a Psy Ops, para o viés de confirmação do bolsonarismo, o generalato permanece com Bolsonaro. À esquerda, pelo viés de confirmação, vale a palavra do alto comando. Para os de pensamento crítico fica a confusão. (Será que os militares apoiam Bolsonaro?  Acho que sim, eu acho que não, claro que sim, claro que não!). Enquanto isso, vende-se a ideia de uma cisão, e a população continua paralisada.

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Se há uma de verdade uma dissidência entre os militares, ela permanece quieta. Essa é a natureza dos militares, seguir ordem sem contestar, “missão dada é missão cumprida”. Você só pode confiar no soldado que está ao seu lado, ele que dará a vida para te salvar na batalha. Não importa o que aconteça.  

Se não bastasse, agora se cria a ilusão de que as instituições estariam funcionando, sendo técnicas, com uma pseudodiscussão entre o militar no comando da ANVISA e Bolsonaro. Crise militar é real ou é fabricada? 

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Cria-se a narrativa que as instituições funcionariam na mão dos militares (esqueceu-se o Ministério da Saúde nas mãos do Pazuello? Ou o Uso político da ANVISA no retardo da Sputnik V e CoronaVac). Pois bem, enquanto isso, torna-se normal o Gen. Fernando Azevedo no TSE, cuidando da segurança da Urna Eletrônica (Positivo -Oriovisto-PODEMOS). Essa jogada é velha, é a mesma de 2018, quando havia uma militar no STF, que impediu o Lula de concorrer às eleições. 

A esquerda permanece caladinha, claro, ficou discutindo contra Bolsonaro a perfeição da urna eletrônica. Preferiu acreditar na Retórica do Barroso, vamos repetir: acreditar na palavra do ministro Luís Roberto Barroso, ao invés de fazer uma discussão técnica. Leia as opiniões de dois técnicos, que realizaram auditoria na urna eletrônica e apontam suas fragilidades. (Pedro Rezende UNB) e (Diego Aranha Unicamp).

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O fato é, que desde 2016, os militares estão se movendo pelas instituições do Estado, de forma estratégica, posicionando-se em pontos chave em cada período. (ric 791/2020 – cargos comissionados ocupados por militares). A campanha eleitoral que, na prática começou, está sendo a mais despolitizada possível. Nesse hiato, discute-se que Bolsonaro, indivíduo. Tudo que ele fez até agora, foi porque lhe foi permitido. Enquanto o neoliberalismo, a causa real do “fascismo”, passa incólume.

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