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Marconi Moura de Lima Burum

Mestrando em Direitos Humanos e Cidadania pela UnB, pós-graduado em Direito Público e graduado em Letras. Foi Secretário de Educação e Cultura em Cidade Ocidental. Trabalha na UEG. No Brasil 247, imprime questões para o debate de uma nova estética civilizatória

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Palpite ao ministério do Lula, por um eleitor

"Sigo na torcida; não para que as minhas sugestões sejam acolhidas por você, Lula, mas para que seu Governo devolva ao nosso País, lucidez, dignidade, direitos"

Lula comemora vitória na eleição presidencial (Foto: REUTERS/Carla Carniel)
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Roberto Requião, para o Ministério da Fazenda. Um ser humano de extrema responsabilidade, seriedade e experiência. Governador sempre muito bem avaliado em sua história, foi por décadas quadro de um partido de direita muito potente no Brasil. Saberá articular o consenso das classes ao respeito possível do campo liberal (leia-se: dedo indicador do Mercado) e da causa-povo (leia-se equidade potencial aos pobres, aliás, maioria neste País).

Flávio Dino, para a Casa Civil. Ex-juiz, ex-governador, homem de uma visão prismática e inovadora; político muito bem articulado e de uma coerência indiscutível, também dispensarei maiores comentários. É um dos nomes de maior estatura política e técnica para tal missão.

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Fernando Haddad, para o Ministério das Cidades. Simplesmente foi o prefeito mais visionário de um grande município (São Paulo) que o Brasil já teve. Inovou políticas jamais vistas no País – políticas estas muito presentes em cidades famosas da Europa. Sua não-reeleição se deveu, entre outros fatores e em paradoxo próprio, exatamente porque nossa sociedade ainda não aprendeu a enxergar horizontes de longo prazo. É comum em nossa cultura ver apenas o que está no óbvio do imediato. (Obs.: evidentemente que Haddad deve assumir uma pasta como essa a partir de sua recriação conjugada a um orçamento bilionário a fim de consignar a revolução das cidades brasileiras.)

Simone Tebet, para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca. Indiscutivelmente uma das mais capazes mulheres do Brasil e com experiência multisegmental. Vem de família de produtores rurais e sua capacidade de rearticular o setor do agro é fundamental para o País.

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Manuela D’Ávila, para a Secretaria de Comunicação Institucional da Presidência da República. Experiente e talentosa, dispensa maiores comentários. O mais importante: poderá implantar o “Gabinete do Amor”. Isto é, em oposição ao “Gabinete do Ódio” do atual mandatário da República, pensar uma política (pedagogia e semiologia) de comunicação para decolonizar a cultura e a política brasileira e distencionar essa polarização (aliás, o extremismo, de um lado) que tanto mal faz ao Brasil.

André Janones, para o Ministério da Cultura. Pasta ressignificada, com orçamento mais robusto e capilaridade para realizar políticas públicas por todo o País. Janones é um agente político muito potente e pode desenvolver uma verdadeira revolução na política de cultura do País.

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Marina Silva, para o Ministério do Meio Ambiente. Sua história fala por si somente. Mais que isso, o espírito da floresta – na semântica de seu amigo Chico Mendes – e o respeito que Marina tem de todo o mundo por seu referente ecológico, é suficiente.

Randolfe Rodrigues, para o Ministério da Educação. Senador por vários mandatos, articulado em vários segmentos da política e da sociedade, um ser capaz de inovar as políticas de educação com os paradigmas mais modernos à exemplo de outros países desenvolvidos no mundo.

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Renan Calheiros, para o Ministério da Defesa. Experiente e um exímio articulador, Calheiros tem capacidade de reorganizar o sentimento da caserna. Além disso, seu trânsito na direita e seu diálogo com o campo progressista pode ajudar a pacificar e afastar do País sentimentos intervencionistas (em rumo ao autoritarismo). 

Sônia Guajajara, para o Ministério dos Povos Originários. Dispensa comentários. Um ser completamente necessário para um novo paradigma civilizatório neste País e no mundo inteiro.

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Rui Costa, para o Ministério da Infraestrutura, das Minas e Energia. Governador muito eficaz e eficiente, político sereno, pode reestruturar a infraestrutura do País e o desenvolvimento energético do Brasil, além de potencializar todos os nichos do conteúdo nacional para o nosso desenvolvimento econômico e territorial.

Wellington Dias, para o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Governador e político humanista, capaz de ajudar o Presidente Lula nesta que é uma das maiores preocupações do próximo ocupante do Palácio do Planalto.

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Maria do Socorro Souza, para o Ministério da Saúde. Ex-presidente do Conselho Nacional de Saúde, pesquisadora da FIOCRUZ, mulher, negra, um ser humano incrivelmente potente e capaz de pensar uma política de saúde emancipatória e fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) como merecem e necessitam os brasileiros.

Gilberto Carvalho, para o Ministério dos Direitos Humanos. Tendo uma visão de um humanismo emancipatório, como nos ensina José Geraldo de Sousa Junior, Carvalho é um dos políticos mais ligados ao legado Lula, que vem para este mandato com uma visão focada especialmente nos Direitos Humanos e ao Meio Ambiente.

Edward Madureira, para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Ex-reitor da UFG, muito articulado com o setor da ciência, é uma potência para ocupar este importante setor de desenvolvimento do Brasil.

Eliziane Gama, para o Ministério da Mulher e da Igualdade Racial. Também muito capaz, dispensa quaisquer comentários adicionais. O fato de ser evangélica, pode adicionalmente ajudar Lula a se reaproximar deste importante segmento da sociedade.

Eduardo Moreira, para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Um ex-banqueiro que passou por uma epifania, cujo resultado foi o acréscimo de outro paradigma completamente distinto ao anterior em sua vida (tipo São Paulo, quando, de perseguidor dos cristãos, passou a ser uma das maiores vozes da mensagem do Nazareno). Moreira é economista e tem muito respeito simbólico por sua extraordinária forma de construir processos de educação emancipatória para direitos das pessoas, isso sem perder de foco sua condição liberal, portanto, capaz de rearticular o setor produtivo.

Gleisi Hoffmann, para a Secretaria de Articulação Institucional e Política. Política experiente e muito competente, fica responsável por toda a ponte do governo com os entes federados (Estados e Municípios) e com o Congresso Nacional.

Márcio França, para o Ministério do Desenvolvimento Regional e Integração Nacional. Político com muita capilaridade e visão de País, pode auxiliar o Brasil a partir de uma política interfederativa estratégica.

André Figueiredo, para o Ministério do Trabalho. Dispensa maiores comentários, todavia, é um deputado federal com larga experiência e vem de um partido cujo centro das políticas é o trabalhismo, além de outras dimensões.

Marco Aurélio de Carvalho, para o Ministério da Justiça. Advogado que lidera um dos movimentos mais importantes do Brasil, o Prorrogativas, sabe exatamente qual é o conceito de Justiça. E será um braço estratégico para ajudar Lula a recompor o País após todos estes anos de Lawfare.

Vou parar meu palpite por aqui. Evidentemente que isso, nem de longe, tem algum fundamento cognitivo-dialógico ao pensamento, livre, de escolha do Presidente Lula. Não conversei com ninguém ligado ao Lula para operar essa minha modesta tese. Apenas quis pensar um modelo ministerial que pudesse agregar o máximo de partidos da base aliada, associando questões técnicas (são cânones das/nas várias áreas), questões políticas (afinal, se não há capilaridade para negociar com as pontas sociais, fica complicado governar cada segmento), questões humanitárias (entretanto, de um humanismo mais emancipatório-dialético), questões funcionais (pensadas ao desenvolvimento em todos os setores/segmentos da sociedade).

Outro fator a considerar é que não tive como contemplar aqui todas as vozes estratégicas dos partidos com representação no Congresso Nacional, evento que terá peso forte durante a decisão decretal de Lula. Ademais, deixei de fora vários ministérios importantes ao País, como o Turismo, o Planejamento, a Previdência, a AGU, além de estatais que fazem a necessária potência do desenvolvimento brasileiro, como a Petrobras, a Caixa Econômica, o Banco do Brasil e outras autarquias e empresas públicas essenciais.

Por derradeiro, espero que o texto sirva ao menos ao povo brasileiro, para pensar, i) que não é tarefa fácil de um Presidente humanista como o Lula montar sua equipe quando o Brasil possui um sistema político que impõe uma coalizão nem sempre tão suave; e ii) que os vários órgãos (ministérios) não são meros cargos que servem para abrigar sujeitos sedentos pelo poder e status, todavia, tão mais, são estruturas para prover a governança das políticas públicas, estruturais, educacionais e civilizatórias de nossa nação.

No mais, sucesso ao novo Presidente! Sigo na torcida; não para que as minhas sugestões sejam acolhidas por você, Lula, mas para que seu Governo devolva ao nosso País, lucidez, dignidade, alegria, direitos, paz, vida...

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