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Chico Junior

Jornalista, escritor e comunicador

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Pesquisas recentes comprovam a relação entre obesidade e o consumo de ultraprocessados

Pesquisas não apontam as causas diretas do crescimento da obesidade, mas não é nenhum exagero se relacionamos o consumo excessivo de ultraprocessados com a obesidade. Além disso, outras pesquisas internacionais recentes apontam a mesma coisa

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Duas pesquisas divulgadas nas duas últimas semanas reafirmam o que nutricionistas e pesquisadores em segurança alimentar, além de organismos internacionais como a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), vêm dizendo há muitos anos: uma das causas do crescimento da obesidade no mundo é o aumento do consumo de “alimentos” ultraprocessados.

A primeira, a Pesquisa Nacional em Saúde (PNS), feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em parceria com o Ministério da Saúde, concluiu que um em cada quatro adultos do país estava obeso em 2019. A obesidade entre pessoas com 20 anos ou mais passou de 12,2% para 26,8% entre 2002/2003 e 2019. Além disso, foi constatado que 61,7% da população adulta brasileira estava com excesso de peso. Entre 2002 e 2003, esse percentual era 43,3%.

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As pesquisas não apontam as causas diretas do crescimento da obesidade, mas não é nenhum exagero se relacionamos o consumo excessivo de ultraprocessados com a obesidade. Além disso, outras pesquisas internacionais recentes apontam a mesma coisa.

Olhem só. Em abril deste ano, o IBGE divulgou os dados da Avaliação Nutricional da Disponibilidade Domiciliar de Alimentos da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017/2018 e informava: ultraprocessados ganham espaço e somam 18,4% das calorias adquiridas em casa.

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“Quando se compara a evolução da aquisição de alimentos das pesquisas realizadas pelo Instituto, observa-se que em 2002/2003 os alimentos ultraprocessados subiram de 12,6% para 16% das calorias totais em 2008/2009, e agora chegaram a 18,4% na última pesquisa, um aumento de cerca de seis pontos percentuais nesse período’, diz o IBGE.

“Já a evolução da aquisição de alimentos in natura ou minimamente processados era de 53,3% das calorias totais na POF 2002/2003, caindo para 50,4% em 2008/2009, e chegando agora a 49,5%.”

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O professor da USP Wolney Conde, que foi consultor da PNS, afirma que o avanço da obesidade no país é preocupante e que mudanças devem ser feitas no combate à doença. “Sem um combate mais centrado em determinantes sociais do crescimento da obesidade, dificilmente vamos conseguir muito sucesso”, analisa. “As causas individuais são aquelas que o indivíduo tem que eleger para sua saúde: se ele pratica atividade física, se ele se cuida, o que ele escolher comer, entre outras.”

Consumir calorias em excesso, sem o acompanhamento de atividades físicas, pode significar, quase sempre, aumento da obesidade.

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Aumento na pandemia

A outra pesquisa, divulgada na semana passada, feita pelo (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) e o Datafolha, mostrou que o consumo de ultraprocessados praticamente dobrou durante a pandemia na faixa etária de 45 a 55 anos, que é a faixa com o maior percentual de sobrepeso e obesidade. Segundo a pesquisa, no ano passado o consumo de ultraprocessados nesta faixa etária era de 9% da dieta. Em junho de 2020 este percentual saltou para 16%.

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Os ultraprocessados

Cuidado, portanto, com o consumo excessivo de ultraprocessados (salgadinhos, barrinhas de cereal, biscoitos recheados, maionese, molhos industrializados, margarina, lasanha congelada e outros pratos prontos, refrigerantes, macarrão instantâneo, sucos adoçados, sucos em pó...). Procure não substituir a ingestão de alimentos minimamente processados por eles. Isso leva não só à obesidade, mas também a outros problemas de saúde, com o diabetes e a hipertensão.

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No mais, não custa lembrar: “Alimentos ultraprocessados são formulações industriais feitas inteiramente ou majoritariamente de substâncias extraídas de alimentos (óleos, gorduras, açúcar, amido, proteínas), derivadas de constituintes de alimentos (gorduras hidrogenadas, amido modificado) ou sintetizadas em laboratório com base em matérias orgânicas como petróleo e carvão (corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e vários tipos de aditivos usados para dotar os produtos de propriedades sensoriais atraentes).” (Guia Alimentar para a População Brasileira).

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