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Chico Junior

Jornalista, escritor e comunicador

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Produção de plástico no mundo pode crescer 50% até 2025. Indústria de alimentos é vilã na história

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Caso nada seja feito, o planeta poderá atingir, já em 2025, mais de 600 milhões de toneladas de plásticos produzidos anualmente, um aumento de 50% em relação à produção atual. 

Essa informação está no recém-lançado “Atlas do Plástico”, uma publicação da Fundação Heinrich Böll (da Alemanha e com sede também no Brasil), em parceria com o movimento Break Free From Plastic, e adaptado para o Brasil.

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Isso é péssimo para o meio ambiente planetário e muito ruim para a nossa saúde, já que partículas de microplásticos, encontradas em vários alimentos, acabam indo parar no nosso organismo.

“O plástico contamina praias, afetando o turismo e as populações tradicionais, como pescadores e marisqueiras. Vai para oceanos e se transforma em microplásticos, que por sua vez são consumidos por animais, que são capturados e vendidos para consumo humano.”

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Um estudo da Universidade de Newcastle na Austrália em 2019, informa o Atlas, estima que as pessoas podem ingerir até 5 gramas de plástico por semana – aproximadamente o peso de um cartão de crédito.

O Brasil é o quarto maior produtor mundial de lixo plástico, atrás dos Estados Unidos, China e Índia. Por ano, nós descartamos na natureza 11,3 milhões de toneladas de resíduos plásticos. Desse total, apenas 1,28% é reciclado.

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A reciclagem é apenas a segunda forma mais eficiente de resolver o problema. A melhor e mais simples é não produzir nem consumir tanto plástico, já que o fornecimento de plástico supera em muito a demanda. 

A Nespresso, uma das maiores empresas produtoras de capsulas de café e pertencente à Nestlé, só reciclou 23% do total das capsulas de café recolhidas no Brasil em 2020.

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Sabor plástico

E sabem qual é o setor que mais consome plástico no Brasil? Pois é, o de alimentos, incluindo aí as bebidas e a agricultura. 

Segundo a Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), depois da construção civil (22,5%), o setor que mais consome transformados de plástico é o de alimentos, responsável por 20,3% desse total. O setor de bebidas consome 6,1% e com 3,1% destaca-se a agricultura nacional.  

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O setor de alimentos e de bebidas são juntos líderes do mercado de embalagens plásticas no Brasil, com respectivamente 776 mil e 202 mil toneladas ao ano. A agricultura utiliza cerca de 6,5 milhões de toneladas do material plástico a cada ano. 

Como se vê, a indústria de alimentos é uma grande usuária de plástico. Plástico filme e espumas são usados para proteger os alimentos de danos, mantê-los frescos e torná-los atraentes. Mas isso tem um preço: o plástico chega aos campos, rios e mares e entra no nosso sistema alimentar.

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Nesse cenário, a principal vilã são as embalagens de uso único. De acordo com a publicação, cerca de 40% dos produtos plásticos se tornam lixo com menos de um mês.

O pior, como explica a comunicadora e ativista ambiental Giovanna Nader, é que “estamos dentro de um sistema produtivo que nos leva a consumir cada vez mais plástico”.

Água perigosa

Um simples gole d’água mineral (devidamente embalada em uma garrafa pet) pode ser um risco à saúde. 

Um estudo canadense descobriu que pessoas que bebem água de garrafas plásticas recebem algo como 130.000 partículas microplásticas na garganta todos os anos. Com a água da torneira, são apenas 4.000 partículas. 

“A água engarrafada é comercializada como uma alternativa saudável à água da torneira. Os fabricantes precisam listar o conteúdo mineral em detalhes”. Mas o microplástico não aparece como ingrediente, é claro. A água mineral que contém mais partículas de plástico/litro é a Nestlé Pure Life, apontou uma pesquisa feita em amostras de 259 garrafas de 1 litro testadas em nove países. O plástico encontrado incluía polipropileno, nylon e tereftalato de polietileno.

Você pode obter, gratuitamente, o Atlas do Plástico em: https://br.boell.org/atlasdoplastico.

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