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Camilo Irineu Quartarollo

Autor de nove livros, químico, professor de química, com formação parcial em teologia e filosofia.

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Terrorismo, o que é?

Está historicamente comprovado de que essa pecha de terroristas eram meras desculpas para invasões.

Terrorismo, o que é? (Foto: Reprodução/TV Globo )

O príncipe Philipe, filho da Dayane, desceu no Rio de Janeiro, foi jogar vôlei de praia, subiu até o Cristo redentor, num dia de sol aquecendo a areia e os corações cariocas. Todavia, não é de se duvidar quando a Linha Amarela é interrompida, os carros param e pessoas pulam ao chão, esperando o fim do tiroteio. Os roubos de celulares, por meios violentos ou não, são costumeiros dos pequenos crimes e por vezes mortais. Porém, nada se compara a essas excursões de décadas aos morros, numa disputa de quem tem mais armamentos e repercutem uma guerra televisiva. Na última matança carioca foram eliminadas 121 pessoas pela polícia, e mortos, todos foram lançados no rol de bandidos.  Só que não, né?! Alguns mortos nem tinham passagem pela polícia!   

Essas operações violentas e cinematográficas nos morros, por si só, não são Terrorismo. O que há no Brasil são facções criminosas, alheias a ideologias políticas. Não querem derrubar ditadores ou presidentes eleitos. Os chefões do crime organizado querem lavar o dinheiro de seus esquemas, empreender, migrar a offshores, sem levantar alardes. 

A ultradireita exacerbada aproveitou o clima esvaziado da Câmara federal, devido a COP 30 em Belém do Pará. Numa mesa branca, Cunha, Lira e Derrite manducavam, mas a sobremesa para depois, no plenário da Câmara, de uma passada só, fria, rápida, geral e irrestrita – sem discussão. A polícia federal ficaria sem verbas e sigilo nas operações, impedida de algemar algum riquinho da operação Carbono Oculto. Nesse jantar, faltou o secretário do Trump Marco Rubio, para listar o Brasil sob o rótulo de narcoterrorista e abrir caminho para eventual invasão contra nossos tanques e matracas de museu. “Deu ruim” e o tal relator está no quarto relatório...

Externamente, a ONU, pelo seu Conselho de Segurança seria a instância aceita para dizer o que seja Terrorismo. O professor e jurista Ben Saul, relator especial sobre a promoção e proteção dos direitos humanos e liberdades fundamentais, diz que o narcoterrorismo é um “rótulo e não conceito jurídico”. 

O relator da ONU Ben Saul deixa claro de que se põem a pecha de terroristas ou narcoterroristas nas facções criminosas organizadas, as quais não são, mas se tratam de gangues e cartéis nas Américas. A Venezuela está nesse rol dos EUA, o de ser país terrorista e... de enorme reserva petrolífera! Petróleo à flor da terra, não precisa nem de sondas para prospecção. É isso o que interessa ao Trump! 

No passado, os EUA usaram o pretexto de guerra ao terror para atacar vários países petrolíferos do Oriente como Iraque, Afeganistão e outros. Inclusive, tacharam aqueles países de “eixo do mal”. Entretanto, é historicamente comprovado de que essa pecha de terroristas eram meras desculpas para invasões.

Apesar da má administração e conluios com facções criminosas há décadas no Rio de Janeiro, o poder no Brasil ainda pertence ao estado democrático de direito e numa constituição vigente. Não somos um estado terrorista, não entramos em contenciosos com nenhum país, negociamos. Aqui, refugiados ou imigrantes são devidamente recebidos, assim como reis e príncipes.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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