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Itaipu reforça contribuição para tarifas mais baixas e segurança energética do Brasil

Em evento do setor elétrico, diretor André Pepitone destaca papel da usina na modicidade tarifária, estabilidade do sistema e investimentos sustentáveis

Diretor financeiro, André Pepitone, palestrou na abertura do 22º Sepef, que acontece em Foz (Foto: Suellen Gechonke/Itaipu Binacional)

247 - A Itaipu Binacional voltou a reafirmar sua relevância estratégica para o setor elétrico brasileiro e paraguaio. Em apresentação realizada nesta quarta-feira (10), o diretor financeiro executivo da empresa, André Pepitone, ressaltou que a hidrelétrica segue como um dos principais pilares da modicidade tarifária e da segurança operativa do Sistema Interligado Nacional (SIN). A informação foi publicada pela assessoria de comunicação da própria Itaipu.

O discurso ocorreu durante o 22º Seminário de Planejamento Econômico-Financeiro, de Regulação e Auditoria do Setor Energético Brasileiro (Sepef), que acontece em Foz do Iguaçu (PR), na sede da usina e no Itaipu Parquetec. O encontro reúne autoridades, técnicos e especialistas para debater os desafios do setor elétrico nacional.

Logo no início de sua fala, Pepitone chamou atenção para a dimensão e relevância da usina: são 14.000 MW de potência instalada, distribuídos em 20 unidades geradoras, com responsabilidade por 85% do fornecimento de energia ao Paraguai e 8,5% ao Brasil. Ele classificou a governança binacional de Itaipu como um exemplo de cooperação internacional bem-sucedida.

A modicidade tarifária foi o eixo central da apresentação. O diretor detalhou os aportes de US$ 300 milhões anuais que a hidrelétrica está destinando para manter, entre 2024 e 2026, o Custo Unitário dos Serviços de Eletricidade (Cuse) em US$ 16,71/kW.mês, abaixo do valor binacional aprovado. “Estamos ajudando a aliviar as contas de milhões de famílias brasileiras e puxando o valor médio para baixo”, afirmou, ao comparar os preços da energia de Itaipu com os do mercado. Enquanto um leilão recente da Aneel registrou média de R$ 307,29 por MWh, o custo da energia da usina foi de R$ 232,72.

Pepitone também lembrou que, em fevereiro de 2023, Itaipu concluiu a quitação da dívida contraída para a construção da usina. “Esse marco histórico permite que Itaipu entre em uma nova fase, com foco em investimentos estratégicos e estabilidade tarifária”, destacou.

A apresentação incluiu ainda informações sobre os mecanismos de governança e integridade da empresa. O diretor apontou a existência de auditorias internas e externas, canais de ouvidoria e rígidas políticas de compliance, como ferramentas essenciais para o combate a fraudes e para a correta aplicação dos recursos públicos.

Na parte final, o executivo abordou os investimentos voltados para modernização tecnológica e transição energética. Entre os projetos em andamento, mencionou o desenvolvimento de iniciativas em biogás, energia solar flutuante e hidrogênio verde, além da futura entrada de Itaipu no mercado de Certificados de Energias Renováveis (REC). “Itaipu é mais que energia. É desenvolvimento social, ambiental e tecnológico”, concluiu Pepitone.