Política externa de Lula reposiciona o Brasil e fortalece a economia
Agenda internacional do governo brasileiro amplia protagonismo diplomático, abre mercados, derruba tarifas e impulsiona exportações e o comércio exterior
247 - Ao final dos três primeiros anos do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a política exterior consolidou-se como um dos eixos centrais do projeto de reconstrução nacional. A intensa agenda internacional, marcada por reuniões bilaterais, visitas oficiais e encontros com chefes de Estado e de governo, reposicionou o Brasil no cenário global, recuperando canais de diálogo, ampliando a articulação diplomática e reforçando a defesa da soberania e das instituições democráticas.
De acordo com balanço divulgado pelo governo federal, a atuação internacional do presidente foi determinante para restaurar a credibilidade do país e reafirmar compromissos com o multilateralismo, a cooperação entre as nações e o desenvolvimento sustentável. O material reúne dados oficiais da Presidência da República, do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Ao longo do período, Lula realizou 61 missões oficiais ao exterior, recebeu 32 chefes de Estado e de governo no Brasil, manteve 190 encontros bilaterais à margem de eventos multilaterais e fez 79 telefonemas com líderes internacionais, incluindo presidentes eleitos antes da posse e autoridades da União Europeia. O conjunto dessas ações contribuiu para ampliar a presença brasileira em diferentes fóruns internacionais e fortalecer relações estratégicas.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, destacou o papel central do presidente na projeção internacional do país. “O presidente Lula é, na minha opinião, o maior divulgador do Brasil. Desde o primeiro mandato, ele tem uma atuação internacional muito intensa. Agora, no terceiro mandato, teve um número inacreditável de interlocuções com chefes de Estado, encontros presenciais e contatos diretos que expandem a presença do Brasil em todos os tabuleiros”, afirmou o chanceler, em novembro, durante apresentação do balanço diplomático.
Segundo Mauro Vieira, essa atuação leva ao exterior uma mensagem clara sobre os princípios defendidos pelo Brasil. “O presidente leva a voz do Brasil como um país que defende a paz, a cooperação, o entendimento entre as nações, o multilateralismo e o fortalecimento das instituições internacionais”, acrescentou.
Um dos episódios mais emblemáticos da política externa no período foi a condução da relação bilateral com os Estados Unidos, país com o qual o Brasil mantém 201 anos de relações diplomáticas. A imposição de tarifas adicionais a produtos brasileiros pelo governo norte-americano representou um desafio relevante para o comércio bilateral e exigiu resposta coordenada do governo brasileiro.
Diante do chamado “tarifaço”, o Brasil apostou no diálogo diplomático e na negociação técnica, ao mesmo tempo em que lançou o Plano Brasil Soberano, com medidas para mitigar os impactos econômicos da elevação unilateral das tarifas. O plano foi estruturado em três eixos: fortalecimento do setor produtivo, proteção aos trabalhadores e diplomacia comercial e multilateralismo.
O esforço resultou, em 20 de novembro, na revogação da tarifa adicional de 40% aplicada a diversos produtos agropecuários brasileiros, como carne, café e frutas. Para o presidente Lula, a decisão confirmou a estratégia de priorizar soluções negociadas. “A derrubada da taxa de 40% imposta pelo governo norte-americano a vários produtos agrícolas brasileiros é uma vitória do diálogo, da diplomacia e do bom senso”, afirmou.
Paralelamente, o governo avançou de forma expressiva na ampliação do acesso de produtos brasileiros a novos mercados. Ao longo do terceiro mandato, foram abertos mais de 500 mercados internacionais, resultado de uma ação coordenada entre a Presidência da República, os ministérios da Agricultura e Pecuária, das Relações Exteriores, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e a ApexBrasil.
A estratégia combinou diplomacia ativa, promoção comercial e fortalecimento das embaixadas, com foco no agronegócio, na indústria e em produtos de maior valor agregado. Para Lula, o fortalecimento do comércio exterior está diretamente ligado ao desenvolvimento interno. “Nós temos duas possibilidades. Ou temos um mercado interno com bom poder de compra, que consome o que a gente produz, ou fazemos uma combinação, que é o que acontece no Brasil hoje: produzimos para atender o mercado interno e produzimos tão bem que conseguimos atender também às necessidades do mercado externo. Essa é a coisa mais perfeita que poderia acontecer”, afirmou.
O presidente ressaltou ainda os ativos estratégicos do país. “Nós temos base intelectual, base empresarial, base de trabalhadores, tecnologia, uma Embrapa forte e tanta coisa que pode ser motivo de orgulho. A gente pode muito mais”, completou.
Os reflexos dessa atuação também apareceram nos indicadores econômicos. Em 2025, o Brasil registrou recordes históricos no comércio exterior, com exportações de US$ 339,4 bilhões e importações de US$ 276,3 bilhões, o que resultou em superávit comercial de US$ 63,1 bilhões e corrente de comércio de US$ 615,8 bilhões, segundo a Secretaria de Comércio Exterior do MDIC.
Na terceira semana de dezembro, a balança comercial teve superávit de US$ 2,1 bilhões, com exportações de US$ 7,46 bilhões e importações de US$ 5,4 bilhões, confirmando o desempenho positivo ao longo do ano.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que a inserção internacional é fundamental para o crescimento sustentado. “Não há país no mundo que tenha tido um crescimento forte e sustentável sem se abrir ao mundo e sem priorizar o comércio exterior”, declarou.
Além do comércio, o país também apresentou forte desempenho na atração de Investimentos Estrangeiros Diretos. Entre janeiro e novembro de 2025, o volume de investimentos alcançou US$ 84,1 bilhões, o melhor resultado desde 2014, segundo dados do Banco Central.
Para Alckmin, os números refletem um ambiente econômico mais estável e confiável. “Encerramos um ano de muito trabalho com excelentes notícias. O presidente Lula já havia dito que 2025 seria o ano da colheita, e esses dados revelam a qualidade das sementes plantadas neste governo”, concluiu.
