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Brasil

Abin alertou Bolsonaro sobre necessidade de isolamento contra a Covid-19

Enquanto Jair Bolsonaro segue violando recomendações de autoridades de saúde na pandemia da Covid-19 e criticando o confinamento, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) destacou em relatórios enviados ao Planalto a alta subnotificação dos casos de coronavírus no Brasil e uma "testagem com baixa representatividade (cerca de 3 mil por 1 milhão)"

(Foto: Carolina Antunes - PR)
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247 - A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) enviou relatórios ao Palácio do Planalto destacando a alta subnotificação dos casos de coronavírus devido à falta de kits para fazer diagnósticos. A Abin disse no dia 13 de maio que o País está na fase de "aceleração da epidemia". "Além disso, o Brasil ainda tem testagem com baixa representatividade (cerca de 3 mil por 1 milhão) e distribuída de modo não uniforme, o que impossibilita avaliar de forma precisa a incidência e sua evolução em cada cidade", argumentou. Atualmente, o País ocupa a segunda posição no ranking global de casos da Covid-19 (501,9 mil), atrás apenas dos Estados Unidos (1,8 milhão), e a quarta colocação em quantidade de mortes (28,8 mil) provocadas pela doença. 

"A participação do Brasil torna-se mais significativa se for considerado que o País tem 10 a 15 vezes menos testes diagnósticos realizados por milhão de habitantes que os demais (países) e, portanto, é provável que os números brasileiros estejam subestimados e sejam de maior proporção do que os apresentados", diz um dos relatórios. O teor dos documento foi publicado no jornal O Estado de S.Paulo

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Ao citar o exemplo de Minas Gerais, a Abin afirmou que "circunstâncias locais" têm grande impacto sobre a subnotificação de casos. Estudo feito pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) apontou a alta subnotificação da doença no estado, que, registrou cerca de 200 mortos pelo coronavírus de janeiro a abril de 2020. No mesmo período, houve 539 óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), aumento de 648%. Para os pesquisadores, é forte a hipótese de que mortes por coronavírus não tenham sido identificadas por falta de testes.

Desde o começo do avanço da doença, o ministério da Saúde estima que 900 mil exames do tipo RT-PCR para o coronavírus foram realizados no País. De acordo com a Abin, o período de maior necessidade de exames deve ocorrer em junho, por ser o momento de maior circulação de vírus respiratórios. Neste mês, a agência acredita que 70 mil testes diários serão feitos.

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Enquanto os relatórios da Abin alertaram para o maior número de casos de coronavírus no Brasil, Jair Bolsonaro pedia publicamente a reabertura de algumas atividades econômicas e estimulou apoiadores a irem para a rua - em protestos pelo fechamento do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou que países adotem medidas de isolamento social para diminuir a propagação do coronavírus. Bolsonaro, no entanto, já compareceu a manifestações de rua e sem máscara.  Neste sábado (30), por exemplo, ele causou aglomeração em Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal. Depois de pousar de helicóptero, foi até uma lanchonete na BR-060, onde foi fotografado com uma máscara pendurada no ombro enquanto comia um salgado. 

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Em março, ele classificou a doença como uma "gripezinha", e no mês de abril perguntou "e daí?", quando o País atingiu a marca dos 5 mil mortos pela Covid-19.

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