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Agro brasileiro bate recordes em mercados externos e crédito rural em 2025

Plano Safra histórico, expansão das exportações e políticas sociais impulsionam produção, renda e segurança alimentar no país

Agro brasileiro bate recordes em mercados externos e crédito rural em 2025 (Foto: Reuters/Enrique Marcarian)

247 - O desempenho da agropecuária brasileira em 2025 consolidou um dos ciclos mais expressivos do setor nas últimas décadas, combinando expansão internacional, volume recorde de crédito rural e fortalecimento da agricultura familiar. A estratégia integrada do Governo do Brasil resultou em crescimento produtivo, geração de renda e avanços sociais, com impactos diretos na economia e na segurança alimentar.

As informações constam de balanço divulgado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, a partir de dados oficiais do governo federal, que detalham resultados obtidos ao longo do ano em crédito, exportações, abertura de mercados e políticas públicas voltadas ao campo.

Durante reunião ministerial realizada na terça-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou o momento vivido pelo setor agropecuário. “Eu acho que nós estamos vivendo um momento, do ponto de vista do crescimento da agricultura, quase que ímpar na história desse país. Ou seja, muito mais importante é que nós vamos terminar o ano aprovando algumas coisas sagradas nesse país”, afirmou.

Expansão inédita de mercados internacionais

O ano de 2025 marcou o maior avanço já registrado no acesso da agropecuária brasileira a mercados estrangeiros. Desde 2023, o país ultrapassou a marca de 500 novos mercados abertos, sendo mais de 200 somente neste ano, ampliando de forma significativa a presença internacional do setor.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, atribuiu o resultado à articulação diplomática e ao diálogo com parceiros comerciais. “Coincidência não existe. O que existe é trabalho, diálogo e o Brasil abrindo portas no mundo. Abrir 500 mercados em três anos é um feito histórico que demonstra a confiança internacional no agro brasileiro. Tenho certeza de que nenhum país do mundo conseguiu se expandir tanto nesse período. Esses novos mercados vão se transformar em negócios, empregos e renda para o Brasil”, declarou.

Entre janeiro e novembro de 2025, as exportações do agronegócio somaram US$ 155,25 bilhões, o maior valor já registrado para esse intervalo, superando em 1,7% o desempenho do mesmo período do ano anterior. Produtos como soja em grãos, carne bovina in natura, café verde, celulose, farelo de soja, algodão e carne suína lideraram os recordes de valor e volume exportado.

As novas aberturas geraram US$ 3,4 bilhões adicionais em exportações desde 2023 e tiveram reflexos diretos no desenvolvimento regional. Cerca de 20% dos mercados acessados envolveram produtos não tradicionais, como ervas, especiarias e proteínas alternativas, ampliando a diversificação da pauta exportadora brasileira.

Crédito rural supera R$ 1 trilhão

O fortalecimento da produção foi acompanhado por uma expansão sem precedentes do crédito rural. Entre janeiro de 2023 e novembro de 2025, mais de R$ 1 trilhão foi concedido para a agropecuária, sendo R$ 903 bilhões destinados ao agronegócio e R$ 174 bilhões à agricultura familiar.

Somente em 2025, o volume alcançou R$ 259,31 bilhões para o agronegócio, por meio de 371 mil contratos, além de R$ 58,37 bilhões para produtores familiares, distribuídos em mais de 1,7 milhão de contratos.

Planos Safra históricos

Lançado em julho, o Plano Safra 2025/2026 tornou-se o maior programa de apoio agrícola já realizado pelos ministérios da Agricultura e Pecuária e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. Ao todo, foram ofertados R$ 516 bilhões em crédito rural, valor R$ 8 bilhões superior ao da safra anterior, sob o slogan “Força para o Brasil crescer”.

No mesmo período, o Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026 destinou R$ 89 bilhões em crédito e políticas voltadas à transição agroecológica e à promoção da justiça social no campo. Para o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, o foco é garantir condições estruturais aos produtores. “Queremos um agricultor fortalecido, com acesso a todas as políticas públicas, que possa progredir e produzir alimentos saudáveis para botar na mesa do povo brasileiro”, resumiu.

Avanços na segurança alimentar

As políticas de estímulo à produção local e de combate à fome contribuíram para a retirada do Brasil do Mapa da Fome da ONU. Em 2025, menos de 2,5% da população brasileira vivia em risco de insegurança alimentar.

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) teve papel central nesse processo. Até setembro, o programa beneficiou 53,24 mil agricultores familiares e fornecedores, com repasses de R$ 412,91 milhões no ano. Uma das iniciativas específicas foi o PAA Indígena, implementado em 12 estados, envolvendo 3.710 produtores e produtoras, com foco no fortalecimento da produção local e na valorização da cultura alimentar nos territórios.

A política de segurança alimentar também incluiu a manutenção do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Entre janeiro e agosto de 2025, foram repassados R$ 4,68 bilhões, garantindo alimentação escolar a 39,04 milhões de estudantes em 145,59 mil escolas em todo o país, consolidando o programa como um dos pilares da nutrição e da segurança alimentar no Brasil.

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