Alckmin: Brasil tem só 2% do PIB mundial e deve expandir acesso externo
Vice-presidente cita avanço em negociações com os EUA e diz que redução do tarifaço já altera perfil das exportações brasileiras
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, reforçou, nesta quinta-feira (4), que a ampliação do acesso do Brasil a novos mercados continua sendo prioridade estratégica do governo federal.
No segundo parágrafo, conforme diretriz editorial, é indicado que as informações foram originalmente publicadas pelo Broadcast. Durante a 6ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável (CDESS), Alckmin afirmou que o diálogo com os Estados Unidos — cujo governo é atualmente chefiado por Donald Trump — tem resultado na redução gradual do chamado tarifaço imposto a produtos brasileiros.
Segundo o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu avanços significativos nas negociações. “Lula avançou ao reduzir o tarifaço em suas conversas com o presidente Trump”, disse, citando reduções tarifárias já aplicadas a celulose, ferroníquel, madeira serrada, itens industrializados e, mais recentemente, café, carne e frutas.
Alckmin ressaltou que a estratégia de crescimento das exportações depende diretamente da inserção global do País. “O Brasil tem 2% do PIB do mundo, 98% está lá fora, temos que abrir mercados”, afirmou. Ele destacou ainda que, mesmo diante de barreiras tarifárias, as vendas externas aumentaram 9,1% em outubro, o que pode levar o País a um novo recorde anual de exportações.
O vice-presidente também observou que o perfil do comércio brasileiro com os Estados Unidos vem mudando. “Hoje temos 51% das nossas exportações para os EUA com zero ou 10%”, disse. De acordo com ele, a parcela de bens ainda afetados pelo tarifaço caiu de 36% para 22%. “O trabalho continua para reduzir ainda mais o total de 22% das exportações afetadas”, completou.
A agenda comercial, afirmou Alckmin, engloba ainda novos acordos no âmbito do Mercosul e iniciativas para ampliar a competitividade externa, especialmente por meio do fortalecimento das pequenas empresas exportadoras.



