Alemanha suspende reassentamento de refugiados da ONU
Decisão ocorre à medida que um novo governo de coalizão se prepara para assumir
BERLIM, 8 de abril (Reuters) – A Alemanha suspendeu a admissão de refugiados por meio de um programa de reassentamento da ONU, informou o ministério do Interior nesta terça-feira, à medida que um novo governo de coalizão — que provavelmente irá restringir a imigração — se prepara para assumir.
A migração tem sido um tema polêmico nas negociações da coalizão entre o bloco conservador CDU/CSU, liderado por Friedrich Merz, e os social-democratas de centro-esquerda. Espera-se que as negociações sejam concluídas nas próximas semanas.
Os conservadores defendem uma abordagem mais rígida em relação aos solicitantes de asilo, em resposta ao crescente apoio ao partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) e a vários incidentes violentos envolvendo refugiados.
As duas partes chegaram a um acordo preliminar para encerrar os programas federais voluntários de admissão de refugiados — como o programa da ONU, atualmente o único ativo — e não lançar novos, segundo um documento obtido pela Reuters.
Desde 2016, a Alemanha participa de um esquema de reassentamento da União Europeia que aceita refugiados selecionados pela agência da ONU para refugiados, a ACNUR. A maioria vem da Turquia, Egito, Jordânia ou Quênia, ou da Líbia via Ruanda.
O ministério informou que 4.711 pessoas chegaram à Alemanha por meio do programa desde 2024, de um total de 13.000 refugiados que o país prometeu à Comissão Europeia acolher em 2024 e 2025 juntos.
Apesar da suspensão, as admissões que já estão em estágio avançado, com compromissos concretos, continuarão, disse um porta-voz do ministério.
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