Atos contra o Congresso devem medir decisão de Lula sobre PL da Dosimetria
Manifestações de domingo devem influenciar avaliação do presidente sobre veto ou promulgação de proposta que reduz penas no inquérito da trama golpista
247 - Os atos contra o Congresso Nacional convocados por movimentos sociais e por partidos governistas para o domingo (14/12) devem funcionar como um termômetro político para a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o Projeto de Lei da Dosimetria, já aprovado pela Câmara dos Deputados e com possibilidade de análise pelo Senado na próxima semana.
As informações foram divulgadas pelo Metrópoles. Segundo a apuração, Lula acompanha o ambiente político e avalia como a repercussão das manifestações pode pesar na definição do Palácio do Planalto sobre o destino do projeto.
Aliados do presidente afirmam que Lula pretende analisar com cautela, ao lado de seus auxiliares, o impacto dos protestos antes de decidir se veta a proposta. No Planalto, há a avaliação de que o teor e a dimensão das manifestações podem influenciar diretamente o desfecho.
Integrantes do governo indicam que, a depender do texto final aprovado pelo Senado, Lula poderá vetar parcialmente o projeto ou optar por não se manifestar, permitindo que o Congresso o promulgue. O texto aprovado pelos deputados prevê a redução das penas do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros condenados no inquérito da trama golpista.
Em entrevista à TV Alterosa, afiliada do SBT em Minas Gerais, na quinta-feira (11/12), Lula disse não ter pressa para decidir e defendeu a responsabilização de Bolsonaro. “O Congresso Nacional está na discussão, agora vai para o Senado. Vamos ver o que vai acontecer. Quando chegar à minha mesa, eu tomarei a decisão. Tomarei eu e Deus, sentado na minha mesa, eu tomarei a decisão. Eu farei aquilo que eu entender o que deve ser feito, porque ele [Bolsonaro] tem que pagar pela tentativa de golpe, pela tentativa de destruir a democracia que ele fez neste país. Ele sabe disso. Não adianta ficar choramingando agora”, afirmou.

