Bíblias de pastores envolvidos em escândalo do MEC exibem foto do ministro Milton Ribeiro

Tiragem foi feita pela Igreja Ministério Cristo para Todos comandada pelo pastor Gilmar Santos, que possui uma gráfica em Goiânia

Milton Ribeiro, ministro da Educação
Milton Ribeiro, ministro da Educação (Foto: ISAC NOBREGA/PR)


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247 - Bíblias com fotografias do ministro da Educação, Milton Ribeiro, e dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura - apontados como intermediadores da liberação de verbas do ministério mediante o pagamento de propinas  - foram distribuídas durante um evento organizado pela pasta em julho do ano passado, no município de Salinópolis , no Pará, a 220 quilômetros de Belém. 

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, “a impressão destaca o “patrocínio” do prefeito de Salinópolis, Carlos Alberto de Sena Filho (PL), o Kaká Sena, que também teve a imagem estampada entre a contracapa e a folha de rosto. Anfitrião do evento, ele custeou uma tiragem de mil Bíblias, a R$ 70 por cada exemplar, segundo pessoas que participaram do evento”. 

A tiragem foi feita pela Igreja Ministério Cristo para Todos, comandado pelo pastor Gilmar Santos, que possui uma gráfica em Goiânia. Após o evento, o ministro Milton Ribeiro firmou um termo de compromisso com a prefeitura no valor de R$ 5,8 milhões para a construção de uma escola. 

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O advogado e doutor em Direito do Estado pela Universidade de São Paulo (USP) Igor Tamasauskas disse que o caso pode caracterizar corrupção e improbidade. “Uma possível imposição de uma ‘doação’ na forma de confecção de Bíblias caracteriza a ‘vantagem indevida’ para o desempenho de uma atividade pública, o que configura corrupção”, observou o jurista. “A improbidade decorre disso e também da violação ao princípio da impessoalidade”, completou. 

Ribeiro usou sua conta no Twitter para afirmar que, em 2021, autorizou  o uso de sua imagem "para a produção de algumas bíblias para distribuição gratuita em um evento de cunho religioso". Na postagem, ele também diz que agiu "com diligência e de forma tempestiva" para evitar o uso indevido de sua imagem assim que descobriu o caso.

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Confira a postagem de Milton Ribeiro. 

 

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