Bolsonaro demite chefe do Inpe para esconder dados sobre desmatamento

O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, que denunciou ao mundo dados que mostram a intensificação do desmatamento da Amazônia, será exonerado do cargo, a mando de Jair Bolsonaro

O diretor do Inpe, Ricardo Galvão.
O diretor do Inpe, Ricardo Galvão. (Foto: Divulgação / Inpe)


247 - O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, que denunciou ao mundo dados que mostram alta do desmatamento da Amazônia, será exonerado do cargo.

A decisão foi anunciada após reunião dele na manhã desta sexta-feira, 2, com o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes. Depois do encontro, ele falou rapidamente com jornalistas que estavam na frente do ministério e informou a decisão.

Galvão disse nesta sexta-feira (2) já esperava a exoneração. Ele se reuniu em Brasília com o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes. "Minha fala sobre o presidente gerou constrangimento, então eu serei exonerado", disse Ricardo Galvão.

Entenda

Galvão gerou irritação em Bolsonaro ao contradizê-lo e ressaltar a intensificação do desmatamento no Brasil.  "Isso é uma piada de um garoto de 14 anos que não cabe a um presidente da república fazer", rebateu Galvão, criticando a fala de Bolsonaro de que "não existe desmatamento no Brasil". 

O INPE detectou aumento de 88% no desmatamento na Amazônia em junho comparado ao mesmo mês no ano passado e de 40% no acumulado dos últimos doze meses (até 31 de julho)

Galvão disse que não teve que “defender” os dados sobre desmatamento para o ministro Marcos Pontes. “Frente ao ministro Pontes eu não tive que defender nada. Ele concorda inteiramente com os dados do INPE e sabe como são os dados do INPE”, disse. “O ministro é uma pessoa de alta capacidade técnica, um engenheiro”, afirmou. Leia mais aqui

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