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Brasil

Bolsonaro diz que pandemia 'está acabando' e Doria tem pressa com vacina para salvar seu governo

“Está acabando a pandemia, acho que ele quer vacinar o pessoal na marra rapidinho, porque vai acabar e ele fala: ‘acabou por causa da minha vacina’”, afirmou Jair Bolsonaro

Vacina de Covid-19: Jair Bolsonaro e João Doria (Foto: Agência Brasil | Reuters)
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247 - Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira, 30, que a pandemia de Covid-19 "está acabando" e que o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), tem pressa de conseguir uma vacina contra o novo coronavírus para conquistar prestígio pessoal.

Segundo Bolsonaro, Doria quer “vacinar o pessoal na marra rapidinho” e isso “está acabando” com seu governo.

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“Está acabando a pandemia, acho que ele quer vacinar o pessoal na marra rapidinho, porque vai acabar e ele fala: ‘acabou por causa da minha vacina’. Tá ok? O que está acabando é o governo dele, com toda certeza”, afirmou Bolsonaro no Palácio do Planalto. 

Ele ainda disse que Doria é “autoritário” por defender a obrigatoriedade da vacina. Para ele, a pressa do governador paulista para conseguir uma vacina é uma forma de aparecer como responsável pelo fim da pandemia.

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“Não quero criticar ninguém lá, mas eu vejo que tem um governador lá um tanto quanto autoritário, até (quer) dar vacina na marra na galera. O que eu vejo na questão da pandemia? Está indo embora. E isso já aconteceu, a gente vê em livros de História. Ele quer acelerar uma vacina agora, falou que ia vacinar os 46 milhões (de paulistas)...Não tem autoridade para isso. No meu entender, é uma arbitrariedade. Eu não sei que adjetivo daria para quem quer na marra, já fala em aplicar uma vacina que ninguém ainda falou que está 100% comprovada cientificamente”, disse.

A pandemia no Brasil, porém, não está acabando. Na quinta-feira, 29, o Brasil registrou mais de 500 novas mortes por Covid-19. A política de minimizar a propagação do vírus no País serve para retomar a economia. Na Europa, a reabertura levou a uma segunda onda de surto da Covid-19 que obrigou os países a retomarem medidas de isolamento social.

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Bolsonaro ataca Doria

Bolsonaro já havia atacado Doria e afirmado que não pagará o imunizante produzido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceira com Instituto Butantan. Ele também ameaçou privatizar o SUS. As declarações foram feitas durante live transmitida pelas redes sociais nesta quinta-feira, 29.

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"Então, querido governador de São Paulo, você sabe que sou apaixonado por você, sabe disso. Poxa, fica difícil, né? E outra coisa: ninguém vai tomar tua vacina na marra, não, tá ok? Procura outra. E eu, que sou governo, não vai comprar sua vacina também não. Procura outro pra pagar sua vacina", disse Bolsonaro. 

O governador de São Paulo, João Doria tinha afirmado anteriormente que a vacinação contra o novo coronavírus em São Paulo será obrigatória, exceto para pessoas que apresentem alguma restrição avalizada por um médico. 

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Bolsonaro se opõe à vacinação obrigatória e por razões políticas . Doria é considerado pelo Palácio do Planalto um potencial adversário nas eleições de 2022. O presidente se mostra contrário ao financiamento da produção da vacina pelo governo de São Paulo com a China. 

Doria considera criminosa a atitude de Bolsonaro de negar o acesso a qualquer vacina aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) contra a Covid-19.

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Durante a live Bolsonaro ameaçou privatizar o SUS, reeditando na próxima semana o decreto revogado na quarta-feira (28) que colocava UBS (unidades básicas de saúde) no escopo de interesse do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos).

"Revoguei o decreto, fiz uma nota explicando o que era esse decreto, dizendo que nos próximos dias poderia reeditar o decreto, o que deve acontecer na semana que vem", disse o presidente.

Bolsonaro revogou o decreto na tarde de quarta após intensa oposição de parlamentares e entidades ligadas à área de saúde. O decreto colocava a atenção primária - porta de entrada do SUS - na mira do programa de concessões e privatizações do governo. 

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