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Brasil

Carlos e Eduardo Bolsonaro podem depor à CPI sobre influência em decisões do governo na pandemia

Em depoimento à CPI da Covid, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta disse que o vereador Carlos Bolsonaro participou de reuniões ministeriais sobre a pandemia, e que o deputado Eduardo Bolsonaro boicotou encontros de Mandetta com o embaixador da China, Yang Wanming

Flávio, Carlos, Jair, Eduardo (armado) e Renan Bolsonaro (Foto: Reprodução (Twitter))
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247 - O vereador Carlos Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro podem ser convocados a depor na CPI da Covid, para explicar a participação deles em reuniões e decisões do governo federal sobre a pandemia do coronavírus. A atuação dos filhos do presidente na política de enfrentamento à pandemia foi revelada nesta terça-feira (4) pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta em depoimento à CPI

Mandetta contou que os três filhos do presidente com mandato, o que inclui o senador Flávio Bolsonaro, participavam de reuniões dos ministros e interferiam em decisões do governo na condução da crise da pandemia do coronavírus.

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“Eu vi reunião de ministros em que o filho do presidente, que é vereador no Rio de Janeiro [Carlos Bolsonaro], estava sentado, tomando notas", relatou o ex-ministro.

Após provocação do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), relator da CPI, para que dissertasse sobre a relação dos filhos com as decisões do governo, Mandetta citou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e afirmou que os herdeiros do presidente evitaram um encontro com o representante diplomático do país oriental.

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“Relações com a China. Eu tinha um Ministério de Relações Exteriores, mas eu tinha dificuldades com o ministro. O filho do presidente, o Eduardo estava em rota de colisão com a China. Eu fui em uma reunião no Palácio do Planalto em que estavam os três filhos do presidente e mais assessores e disse a eles que precisava falar com o embaixador da China [Yang Wanming]. Posso trazer aqui? ‘Não’. Eles tinha uma dificuldade de superar essas questões", acrescentou Mandetta. 

O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta disse também em seu depoimento que confirmou que recebeu, numa reunião no Planato, um decreto elaborado pela Presidência de República que mudava a bula da cloroquina inserindo recomendação do uso do medicamento contra Covid-19 -apesar de o remédio ser ineficaz contra a doença.

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O deputado Marcelo Freixo defendeu a convocação de Carlos e Eduardo Bolsonaro. "Carluxo e Bananinha acham que o Brasil é o play da família. Ambos tem que ser convocados pela CPI da Covid. Carlos é vereador, mas participou de reuniões ministeriais sobre a pandemia. E Eduardo boicotou encontros do ex-ministro Mandetta c/ o embaixador chinês", disse o deputado. 

Renan: revelações de Mandetta atingem Bolsonaro

O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), disse que o depoimento do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta ao colegiado foi “esclarecedor” e as informações prestadas por ele atingem Jair Bolsonaro. “Foi um depoimento importante na minha opinião para clarear exatamente o que ocorreu naquele momento inicial da pandemia”, disse Renan à coluna da jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.

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O senador Renan Calheiros fez uma lista das cinco revelações de Mandetta que razem implicações diretas a Jair Bolsonaro. “O depoimento mostrou que houve aconselhamento paralelo na Covid, adoção da cloroquina ao arrepio do Ministério [da Saúde], participação de Carlos Bolsonaro [vereador do Rio e filho do presidente] em reuniões (por que?) e alerta sobre 180 mil mortes [Mandetta disse na CPI que afirmou a Bolsonaro que os óbitos poderiam chegar a esse número]", destacou o relator. 

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