Dom Hélder Câmara é incluído no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria
Reconhecido por sua luta pelos direitos humanos e pela justiça social, o “Dom da Paz” foi homenageado em lei sancionada por Geraldo Alckmin
247 - A trajetória de Dom Hélder Câmara, símbolo da defesa dos direitos humanos e da justiça social no Brasil, ganhou mais um capítulo de reconhecimento histórico. O religioso, que marcou gerações com sua luta pelos mais pobres e sua postura firme diante das injustiças, passa agora a integrar o Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.De acordo com informações publicadas pelo site oficial do Governo Federal, a homenagem foi oficializada pela Lei nº 15.242, sancionada pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin, e publicada nesta quarta-feira (29) no Diário Oficial da União.
Dom Hélder Câmara nasceu em Fortaleza (CE), em 7 de fevereiro de 1909, e se tornou uma das vozes mais influentes da Igreja Católica no século XX. Arcebispo emérito de Olinda e Recife, o religioso ficou conhecido como o “Dom da Paz” por sua incansável atuação em favor dos oprimidos e pela defesa de uma sociedade mais justa e igualitária. Foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), instituição que desempenhou papel crucial no enfrentamento à ditadura militar.
Poeta, pensador e humanista, Dom Hélder foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz e lançou, nos anos 1990, a campanha “Ano 2000 Sem Miséria”, com o objetivo de mobilizar lideranças globais pela erradicação da pobreza até o novo milênio. Sua visão de mundo unia fé e ação social, propondo um cristianismo comprometido com a transformação das realidades injustas.
Falecido em 27 de agosto de 1999, aos 90 anos, em Recife, Dom Hélder foi sepultado na Catedral da Sé, em Olinda. Sua memória continua inspirando movimentos sociais, religiosos e políticos no Brasil e no exterior.
Criado em 1992, o Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria é composto por páginas de aço que reúnem nomes e breves biografias de brasileiros e brasileiras que contribuíram de forma significativa para a história nacional. A obra, reconhecida como patrimônio cultural material do país, está exposta de forma permanente no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e pode ser visitada pelo público.



