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É preciso investigar também o que Moro recebeu fora do Brasil. Pode ter sido um golpe de mestre, diz Joaquim de Carvalho

Jornalista explica que a Alvarez & Marsal pode agora estar dando o “passo final do golpe” ao comprar empresas baratas no Brasil

Joaquim de Carvalho | Alvarez & Marsal (Foto: Reprodução)
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247 - Após ser fortemente pressionado, o ex-juiz suspeito Sergio Moro divulgou em suas redes sociais nesta quarta-feira (26) que irá anunciar o salário que recebeu como consultor da Alvarez & Marsal, que lucrou com empresas que quebraram por decisões da Lava Jato. Em resposta ao anúncio, o advogado Rodrigo Tacla Durán questionou: “mas vai abrir também o que foi recebido para a SPAC da Alvarez & Marsal? Ou vai abrir só o que vai declarar no Brasil e deixar outra parte para declarar nos EUA?”.

O jornalista Joaquim de Carvalho descreve como um “golpe de mestre” um caminho possível para a investigação contra Moro pelo TCU e eventualmente pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Em dezembro passado, a CVM “Comissão de Valores Mobiliários) aceitou o pedido da A&M de registro de companhia aberta – categoria “A” da Spac (Special Purpose Acquisition Company, na sigla em inglês). Através dela, a consultoria afirma ter “como propósito dinamizar o processo de acesso ao mercado de capitais de empresa-alvo a ser identificada oportunamente pelo Sponsor”.

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“A Alvarez & Marsal acaba de ser autorizada pela CVM brasileira a criar uma empresa que se chama Spac. Isso existe nos Estados Unidos e não é usado no Brasil. A Spac vai fazer captação de recursos, tanto fora do Brasil quanto aqui, e não diz em qual empresa vai investir - porque uma Spac não é obrigada a fazer isso - e compra empresas em dificuldade”, explicou o jornalista Joaquim de Carvalho na TV 247.

“Olha só o golpe de mestre: você arruína o país, destrói o Brasil, as empresas ficam extremamente baratas e você faz captação de recursos para investir nas empresas brasileiras. E a empresa que coloca o dinheiro não sabe qual empresa a Alvarez & Marsal vai comprar, mas a A&M faz recuperação judicial de várias empresas - muitas delas destruídas pela Lava Jato”, prossegue.

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“Só que dentro dos fundos, para dar credibilidade aos fundos, você tem na construção dessa empresa, das regras de compliance, um juiz da Lava Jato, e isso diminui os riscos do negócio. Porque o investimento é feito no gestor, na habilidade de se fazer negócio. Como lembrou o Tacla Durán, essa empresa é chamada de cheque em branco”, disse ainda.

“Se essa linha de investigação estiver correta, estamos diante de um golpe de mestre. Você fale as empresas e depois compra essas mesmas empresas baratas”, refletiu.

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