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"Era visível a cara dele de constrangimento", diz Lula sobre Bolsonaro na posse de Moraes no TSE

"Foi um ato muito forte em defesa da democracia e, por isso, o presidente [Bolsonaro] estava muito incomodado, porque ele não gosta de democracia", afirmou o petista

Lula, Alexandre de Moraes e Jair Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | Isac Nóbrega/PR)
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247 - O ex-presidente Lula (PT), em entrevista à Rádio Super, de Belo Horizonte (MG), nesta quarta-feira (17), comentou sobre a cerimônia de posse de Alexandre de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na noite desta terça-feira (16).

O petista esteve na cerimômia ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e dos ex-presidentes Michel Temer (MDB) e José Sarney. Jair Bolsonaro (PL), atual ocupante do Palácio do Planalto, esteve na mesa das autoridades, sentado exatamente ao lado de Moraes.

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Segundo Lula, "Bolsonaro estava incomodado. "Ele ouviu tantas vezes a palavra 'democracia', ele ouviu tantas críticas ao autoritarismo, tantas críticas às fake news que ele estava muito incomodado. A cada discurso que falava um pouco de democracia era visível a cara dele de constrangimento. Ele quase que não bateu palma para nenhum discurso. Ele, com muita má vontade, ficava em pé para aplaudir as pessoas". 

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Para o petista, Bolsonaro minou tanto as eleições, as instituições e o processo democrático que ficou deslocado no evento. "Eu compreendo esse comportamento dele, porque ele passou o tempo inteiro desaforando a Justiça Eleitoral, desacreditando as urnas eletrônicas, tentando desmoralizar as instituições e ontem foi um ato de fortalecimento do processo de Estado Democrático de Direito no Brasil. Foi um ato em que a gente valorizou muito a questão da democracia. Acho que foi muito importante, foi um ato muito forte. A presença de tantas autoridades, 22 governadores, praticamente todos os ministros das Cortes superiores, quatro ex-presidentes da República. Foi um ato muito forte em defesa da democracia e, por isso, o presidente estava muito incomodado, porque ele não gosta de democracia".

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"Foi um ato da civilidade, um ato das pessoas que gostam da democracia, respeitam a democracia. As pessoas que ao longo da história lutaram pela conquista do Estado Democrático de Direito se juntaram para dizer ao Brasil que nós queremos paz, que nós queremos tranquilidade, que nós queremos trabalho, que nós queremos uma eleição limpa, que seja uma eleição em que a gente possa fazer o debate democrático na televisão, no rádio. E que o resultado da eleição seja respeitado por todo mundo. Acho que ontem foi um sinal muito forte da sociedade brasileira dizendo a todos aqueles que não gostam de democracia que a maioria soberana do povo brasileiro quer democracia, brigou por democracia e consolidou ontem à noite a democracia. Foi um ato muito forte, muito representativo, os discursos foram muito lúcidos. O presidente estava muito incomodado, muito", completou. 

Lula contou ainda ter notado que Bolsonaro, sentado ao lado do presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não estabeleceu nenhum diálogo com o parlamentar. "Não sei se vocês repararam: ele ficou o tempo inteiro sentado ao lado do presidente do Senado e em nenhum momento ele trocou uma palavra com o presidente do Senado. Ou seja, é uma coisa estranha. Normalmente, sendo presidente ou não, quando você está em uma solenidade, está sentado na mesa, você conversa com as pessoas do lado. Eu conversei com o [José] Sarney, eu conversei com o [Michel] Temer, afinal de contas a gente estava sentado junto. E ele [Bolsonaro] não conversou, em uma demonstração de que ele estava muito inquieto, muito incomodado. Ele nunca tinha ouvido a quantidade de ar respirando democracia que ele viu ontem. Ali cheirava a democracia, liberdade, respeito às urnas, à luta contra fake news. Então ele estava incomodado, porque aquele ato era contra quase tudo que é o comportamento do presidente da República".

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Para Lula, "a Justiça Eleitoral saiu fortalecida" do evento, assim como as urnas eletrônicas, que "saíram com muito mais respeitabilidade". "Agora faltam poucos dias para as eleições. Vamos consolidar o processo eleitoral".

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