Folha ataca Lula e Gleisi rebate: ‘inconformados com os resultados positivos’
Em editorial, jornal critica a escolha de Boulos para a Secretaria-Geral e acusa Lula de se afastar da “moderação”
247 - A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), rebateu duramente o editorial publicado pela Folha de S.Paulo, intitulado “Lula se aproxima da eleição e se afasta da moderação”, que criticou a recente nomeação de Guilherme Boulos (PSOL) para a Secretaria-Geral da Presidência da República.Em publicação nas redes sociais, a ministra afirmou que o jornal demonstra incômodo com os bons resultados do governo.
“O editorial da Folha parece inconformado com os resultados positivos do governo do presidente Lula. Na falta de argumentos contra a retomada do crescimento, o menor desemprego da história, com inflação também caminhando para ser a menor desde o Plano Real, com o começo da justiça tributária, entre outros, ataca Lula por exercer sua prerrogativa de nomear ministros”, escreveu Gleisi.
A Folha de S.Paulo, em seu texto, questionou a escolha de Boulos para o cargo, afirmando que a mudança não se encaixa em critérios técnicos nem políticos, já que o PSOL, partido do deputado, tem baixa representação no Congresso Nacional. O jornal destacou ainda que o novo ministro “não dispõe de experiência administrativa nem formação que o credenciem naturalmente ao posto”, e sugeriu que a nomeação busca reforçar laços com movimentos sociais e ampliar a atuação do governo nas redes, de olho na campanha de reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A ministra, por sua vez, afirmou que o governo segue fiel às forças políticas que o elegeram e que o presidente mantém o compromisso de governar para a maioria da população. “Ao contrário do que diz o editorial, Lula lidera sim um governo de coalizão com as forças que o apoiaram em 2022. O que ele não fez foi trair o compromisso com a maioria da população que o elegeu para mudar o país”, disse Gleisi.
Em tom crítico, o editorial da Folha também interpretou as recentes trocas ministeriais como um movimento do presidente para consolidar sua base mais fiel, mencionando a nomeação do marqueteiro Sidônio Palmeira para a Secretaria de Comunicação Social e a própria Gleisi Hoffmann para as Relações Institucionais. Segundo o texto, o presidente estaria se afastando da “moderação” prometida durante a campanha de 2022, priorizando aliados da esquerda.
Gleisi rebateu essa leitura ao afirmar que a condução do governo reflete coerência com o projeto político vitorioso nas urnas e que o sucesso da gestão é reconhecido pela população. “É por isso mesmo que Lula lidera as pesquisas presidenciais, apesar da contrariedade dos editoriais da Folha”, concluiu a ministra.



