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Governo paulista cria gabinete de crise diante de chuvas intensas

Estado prevê tempestades até 4 de janeiro e mobiliza prefeitos, Defesa Civil e concessionárias

Governo paulista cria gabinete de crise diante de chuvas intensas (Foto: Agência Brasil )

247 - O governo de São Paulo anunciou a instalação de um gabinete de crise para coordenar ações preventivas e de resposta diante da previsão de chuvas fortes nos próximos dias em diversas regiões do estado. A iniciativa ocorre após alertas da Defesa Civil de que a virada do ano será marcada por temporais, com maior intensidade no Litoral Norte e na região de Presidente Prudente.

A decisão foi tomada após reunião realizada nesta sexta-feira (26) no Palácio dos Bandeirantes, que reuniu o governador Tarcísio de Freitas, prefeitos de vários municípios e representantes das concessionárias de distribuição de energia elétrica que atuam em São Paulo.

Durante o encontro, a Defesa Civil apresentou os cenários meteorológicos previstos e ficou definido que o gabinete de crise começará a funcionar na segunda-feira (29), data em que está previsto o início das chuvas mais intensas. Segundo o órgão, as tempestades devem persistir até o sábado (4), com variações ao longo do período.

Em coletiva de imprensa após a reunião, o tenente-coronel Rinaldo Araújo, coordenador estadual adjunto da Defesa Civil, detalhou o cenário esperado. “Será um volume mais expressivo de chuva que pode vir com vento e granizo. A chuva se espalha e pega quase todo o estado, no dia 31 deve dar uma amenizada. Mas no dia 1º, dia 2 de janeiro até o dia 4, pode ter mais chuva com volumes mais expressivos, principalmente na região do litoral”, afirmou.

De acordo com as previsões meteorológicas apresentadas, os ventos associados às tempestades não devem alcançar a mesma intensidade registrada no início do mês na Região Metropolitana de São Paulo, quando rajadas chegaram a quase 100 quilômetros por hora. Ainda assim, a principal preocupação do governo está relacionada aos riscos de deslizamentos de terra e inundações.

Araújo explicou que houve cobrança direta do governador às concessionárias, especialmente à Enel, para reforço das equipes de atendimento durante o período crítico. “O governador pediu, principalmente para a Enel aqui na Região Metropolitana, que tenha um reforço no seu efetivo nesses dias de chuva. E a gente chamou os prefeitos para relembrar as vistorias em áreas de risco, principalmente áreas que têm encostas no litoral, onde podemos ter deslizamentos, que é o fenômeno que nos preocupa mais, além de inundações”, disse.

Segundo o coordenador, os municípios também foram orientados a manter atenção permanente aos alertas oficiais. “Pedimos que os prefeitos fiquem atentos aos nossos alertas. Devemos emitir ainda hoje um aviso de risco meteorológico do dia 29 para o dia 30. E depois vamos emitir para o dia 30 ou 31 um novo aviso do dia 1º até o dia 4”, acrescentou.

O cenário de chuvas intensas contrasta com a estiagem que ainda afeta o estado. Algumas regiões já registram falta d’água, enquanto uma onda de calor elevou as temperaturas acima dos 35 °C na quinta-feira (25). De acordo com o governo estadual, esse calor extremo provocou aumento de até 60% no consumo de água em determinadas áreas, segundo dados da Sabesp, impactando diretamente os níveis dos mananciais que abastecem a Grande São Paulo.

Diante desse quadro, o governo paulista divulgou comunicado na quinta-feira (25) pedindo à população que adote medidas de economia de água, enquanto se prepara para enfrentar, simultaneamente, os efeitos da estiagem e das chuvas previstas para os próximos dias.

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