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Tarcísio se afasta por 17 dias e Ramuth assume o governo paulista

Vice-governador comandará São Paulo durante viagem de fim de ano aos EUA

Tarcísio de Freitas (Foto: Pablo Jacob /Governo do Estado de SP)

247 - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vai se afastar do comando do Palácio dos Bandeirantes por 17 dias, entre sexta-feira (26) de dezembro e domingo (11) de janeiro, para uma viagem de férias aos Estados Unidos. Durante o período, a administração estadual ficará sob responsabilidade do vice-governador Felicio Ramuth (PSD), que assume interinamente o cargo.

A comunicação formal do afastamento foi encaminhada por Tarcísio ao presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado André do Prado (PL), e o ofício foi publicado na edição de segunda-feira (22) do Diário Oficial. Nos dois últimos anos, o governador adotou procedimento semelhante, ausentando-se do cargo no recesso de fim de ano para passar o período com a família.

Já como governador em exercício, Ramuth tem compromisso oficial marcado para sexta-feira (26), no Palácio dos Bandeirantes. Ele deve se reunir com prefeitos paulistas, representantes de órgãos do sistema estadual de Defesa Civil e concessionárias de água e energia. O encontro ocorrerá em formato híbrido e tem como objetivo alinhar informações, protocolos e estratégias preventivas diante da previsão de chuvas intensas na semana do Ano Novo.

A reunião ocorre em um contexto de atenção redobrada após os impactos provocados por uma forte ventania registrada na quarta-feira (10), com rajadas que chegaram a 100 km/h e causaram danos significativos na região metropolitana da capital. Dias depois do episódio associado a um ciclone extratropical, milhares de residências ainda enfrentavam interrupções no fornecimento de energia elétrica. A Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia em parte da Grande São Paulo, está entre as entidades esperadas para o encontro, assim como o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB).

Após o apagão, o governo estadual, a prefeitura paulistana e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passaram a atuar para mitigar o desgaste político gerado pela crise, ao mesmo tempo em que buscam atribuir responsabilidades aos adversários, segundo reportagem da Folha. O tema segue sensível às vésperas do período de chuvas mais intensas.

Na quinta-feira (18), antes do início do recesso, Tarcísio participou de um evento no Palácio dos Bandeirantes para apresentar um balanço das ações do governo em 2025. Na ocasião, deu destaque especial às políticas de segurança pública, área apontada como central no debate eleitoral do próximo ano.

Nos bastidores, aliados do governador indicam que Felicio Ramuth é hoje o nome preferido de Tarcísio para uma eventual sucessão em 2026, conforme já noticiado pela Folha de S.Paulo. Cotado por setores do centrão e do mercado como possível candidato à Presidência da República, Tarcísio viu esse cenário ser atravessado recentemente pelo anúncio do senador Flávio Bolsonaro (PL), que afirmou ter sido escolhido pelo pai para disputar o Palácio do Planalto.

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