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"Graças aos militares nós não tivemos um golpe", diz Múcio, ministro da Defesa

"Como é um golpe? As Forças vão na frente, o povo vem atrás apoiando. Aqui era muito fácil: o povo foi na frente", analisou

Entrevista coletiva do ministro da Defesa, José Mucio Monteiro. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
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247 - O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, reafirmou seu apoio às Forças Armadas e sua determinação em garantir que a instituição não seja associada aos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro. Ele reconheceu a participação individual de militares nos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, mas enfatizou que as Forças Armadas 'impediram um golpe de Estado' no Brasil.

'Graças aos militares nós não tivemos um golpe. Como é um golpe de Estado? As Forças vão na frente, o povo vem atrás apoiando. Aqui era muito fácil: o povo foi na frente. Os militares poderiam dizer que estavam acompanhando o que o povo queria. (...) Desde que o Lula assumiu você não vê a declaração de um militar da ativa agredindo a democracia nem o governo brasileiro. Todos estão cumprindo as suas responsabilidade', disse Múcio em entrevista ao podcast 2+1, de acordo com o jornal O Globo.

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Na entrevista, ele defendeu que os militares que tiveram algum tipo de participação na intentona golpista do dia 8 de janeiro sejam punidos individualmente, de maneira a poupar as instituições. "Vamos ter algumas pessoas indiciadas pela CPMI [Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Atos Golpistas]. A própria Justiça vai dizer quem são os outros nomes. E nós - vou falar como se fosse Forças Armadas - vamos tomar as nossas providências, porque nós precisamos nos libertar dessa suspeição. Eu quero sair do patamar de suspeito para o patamar de parceiro. Eu quero ajudar este governo. Fazer desse país um país mais fraterno", afirmou.

O ministro também revelou que tentou obter informações sobre os possíveis envolvidos nos atos golpistas com a Polícia Federal (PF) e o Supremo Tribunal Federal (STF), mas os processos correm em segredo de Justiça. "Estamos carentes de ter essas informações, porque nós queremos mostrar à sociedade que não concordamos com tudo aquilo. Nós somos personagens da Constituição, somos servidores do país, estamos sob a égide do presidente da República - que é nosso comandante supremo -, e nós precisamos ter esses nomes para tomarmos providências", disse.

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O ministro também abordou sua decisão de demitir o comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, apenas 20 dias após assumir o cargo. Ele explicou que essa decisão foi tomada devido à nomeação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), para um cargo de comando em Goiás.

Mauro Cid é investigado pela suposta falsificação de cartões de vacinação de Bolsonaro, familiares e aliados, além da suspeita de participação em um esquema para comercializar itens valiosos que deveriam ser incorporados ao patrimônio do Estado brasileiro, mas que Bolsonaro tentou se apropriar.

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Questionado sobre o Dia da Independência, Múcio disse que a data terá “um tom de pacificação, uma ode ao congraçamento para que o povo brasileiro se junte. Estamos precisando que o país dê certo. Evidentemente que nós não esperamos fazer um 7 de setembro do tamanho dos dois últimos, visto que não tivemos uma parada de 7 de setembro, tivemos dois grandes comícios. Havia uma motivação ideológica, de juntar gente pensando já no projeto eleitoral'.

Na terça-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que os militares se apoderaram das comemorações do 7 de Setembro e que a data precisa ser devolvida ao povo.

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