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Brasil

Mandetta diz que não sai nem obedece às ordens de Bolsonaro

Um dia depois do pronunciamento de Jair Bolsonaro que ataca todas as recomendações de autoridades sanitárias mundiais, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta disse a aliados que não pedirá demissão e tampouco irá encampar a tese de Bolsonaro do 'isolamento vertical', atingindo apenas idosos e pessoas com doenças

Jair Bolsonaro e Luiz Henrique Mandetta (Foto: Isac Nóbrega/PR)
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247 - Um dia depois do pronunciamento de Jair Bolsonaro com ataques à política de confinamento da população, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, avisou a aliados nesta quarta-feira, 25, que não pedirá demissão e tampouco irá seguir as orientações anticientíficas de Bolsonaro. 

"Segundo um interlocutor direto de Mandetta, ele não vai encampar a tese do 'isolamento vertical', deixando apenas idosos e pessoas com doenças pré-existentes fora do convívio social — conforme o presidente defendeu ontem", afirma o jornalista Guilherme Amado, da revista Época

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Leia também reportagem da Rede Brasil Atual sobre o assunto:

Secretários estaduais de Saúde e prefeitos repudiam fala de Bolsonaro

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O pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro na noite de ontem (24), minimizando a gravidade da pandemia de coronavírus e a necessidade das medidas que estão sendo tomadas para evitar a propagação, despertou o repúdio de prefeitos e secretários estaduais de saúde.

Por meio de nota, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que reúne os gestores estaduais, disse que o país já tem problemas demais e que é inadmissível “permitir o dissenso e a dubiedade de condução do enfrentamento à Covid-19. E que assim “é preciso que seja reparado o que nos parece ser um grave erro do Presidente da República”.

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A entidade destacou também que tem atuado juntamente com o Ministério da Saúde, os municípios e a própria sociedade brasileira, empreendido uma intensa luta no enfrentamento à Covid 19. “A luta que envolve trabalho, sacrifício, solidariedade, empatia, compaixão com o sofrimento das pessoas e que depende de maneira imprescindível do alinhamento de entendimento e de ações, assim como da união de esforços e de uma direção única e firme.”

E que todas as decisões e recomendações do Conass e do Ministério da Saúde têm se baseado em evidências científicas, na realidade nacional e internacional e “buscado inspiração nas melhores práticas e exemplos de condutas exitosas ao redor do mundo”.

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Barbárie

Também por meio de nota, a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) afirmou que os municípios filiados continuarão seguindo, rigorosamente, as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e, “até o momento, do Ministério da Saúde brasileiro, no enfrentamento a essa pandemia, que impacta fortemente a economia e a vida das pessoas e que pode levar ao caos social e à barbárie“.

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Assim como os secretários, os prefeitos representados pela FNP consideram que resguardar a vida das pessoas, dos cidadãos brasileiros de todas as idades, “deve ser o princípio humanitário de quem tem responsabilidade de liderar, seja nos municípios, nos estados e ainda mais no país”.

“Não contar com essa liderança, e, pior, contar com uma postura irresponsável, alicerçada em convicções sem embasamento científico, que semeiam a discórdia e até mesmo a convulsão social, compromete as relações federativas. Atrapalha a urgente constituição do Comitê Interfederativo de Gestão de Crise, instância fundamental para enfrentar o grave problema que está posto.”

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