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      Mercadante convida diretor-geral da PF para comitê de riscos do BNDES

      O convite ocorre em um contexto de alta nos prejuízos causados por golpes e fraudes no Brasil

      (Foto: ABR)
      José Reinaldo avatar
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      247 - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, convidou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, para integrar o Comitê de Riscos do banco, com o objetivo de fortalecer o combate a golpes e crimes financeiros. A informação foi divulgada pela Folha de S.Paulo, que destacou a preocupação crescente com o aumento das fraudes no sistema financeiro.

      O convite ocorre em um contexto de alta nos prejuízos causados por golpes e fraudes no Brasil. Nesta terça-feira (11), o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, informou que os prejuízos com golpes cresceram 17% em 2024, atingindo R$ 10,1 bilhões — um aumento significativo em relação aos R$ 8,6 bilhões registrados em 2023. A maior parte das perdas está concentrada em fraudes nos canais eletrônicos e em cartões de débito, que somaram R$ 10 bilhões nos últimos dois anos. Os golpes envolvendo o sistema de pagamentos Pix também estão em ascensão, com prejuízos acumulados de R$ 2,7 bilhões no mesmo período.

      "Apesar de o BNDES não ser alvo dessas quadrilhas, o enfrentamento desse tipo de crime é uma questão estratégica não só no Brasil, como no mundo", afirmou Mercadante. Ele ressaltou que o apoio da Polícia Federal será decisivo para o avanço em ações consistentes de segurança para o sistema financeiro como um todo. "O BNDES, como membro da Febraban, poderá contribuir para o aprofundamento do tema", acrescentou.

      O Comitê de Riscos do BNDES é responsável por analisar e propor medidas para mitigar riscos internos e externos que possam afetar o funcionamento e a segurança das operações do banco. A inclusão de Andrei Rodrigues no grupo reflete a estratégia de reforçar a segurança institucional e colaborar com a PF na formulação de políticas de enfrentamento a crimes financeiros.

      A expectativa é que sua presença no comitê fortaleça a troca de informações entre o BNDES e os órgãos de segurança, permitindo uma atuação mais coordenada para prevenir ataques cibernéticos e fraudes complexas no sistema financeiro.

      O aumento expressivo dos golpes no sistema bancário brasileiro tem mobilizado o setor financeiro e as autoridades de segurança pública. Segundo a Febraban, o Brasil é um dos países mais visados por fraudes eletrônicas no mundo, o que exige uma ação articulada entre o sistema financeiro, o governo e os órgãos de segurança. 

      A decisão de Mercadante de buscar o apoio direto da Polícia Federal para o enfrentamento de crimes financeiros sinaliza uma preocupação com a segurança sistêmica do mercado financeiro brasileiro. A expectativa é que a expertise da PF na investigação de crimes cibernéticos e financeiros contribua para o desenvolvimento de políticas mais eficientes e para a implementação de tecnologias de proteção avançadas no sistema bancário.

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