Novo ministro de Minas e Energia defende que Brasil se afaste de Rússia e China e se aproxime de 'democracias amigas'
Adolfo Sachsida também quer promover mudanças na legislação para acelerar a privatização da Petrobrás e da Eletrobrás, além de beneficiar o agronegócio
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247 - Adolfo Sachsida, que tomou posse como ministro de Minas e Energia nesta quarta-feira, 11, afirmou que um de seus objetivos à frente da pasta será promover um “realinhamento mundial dos investimentos”, com o afastamento de países como a Rússia e a China e a aproximação com o que ele qualificou como “democracias ocidentais amigas”.
A China é atualmente o maior parceiro comercial do Brasil e a Rússia é um parceiro importante, uma vez que é de lá que o Brasil importa a maior parte do adubo necessário ao agronegócio. No ano passado, a Rússia ocupou a sexta posição no ranking de importações brasileiras.
Sachsida é alinhado com o neoliberalismo do ministro da Economia, Paulo Guedes, e defensor da extrema direita, tendo sido seguidor e aluno do astrólogo Olavo de Carvalho, considerado um dos “gurus do bolsonarismo” e falecido em janeiro deste ano. Nesta linha, ele já chegou a dizer que a China “é uma merda”.
Os planos do ministro foram detalhados em um comunicado à imprensa feito por ele nesta quarta-feira. Além de defender o afastamento de China e da Rússia, Sachsida também afirmou que irá pressionar o Congresso Nacional visando alterar a legislação sobre o regime de partilha do pré-sal e sobre o agronegócio, além de acelerar as privatizações da Petrobrás e Eletrobras.
Confira a íntegra da declaração de Adolfo Sachsida.
“1) Realinhamento mundial dos investimentos
Saindo da Rússia/China e outros países
Indo para democracias ocidentais amigas
Dessa forma, as reformas pró-mercado possibilitaram ao Brasil se tornar o porto seguro neste período de incerteza e turbulência mundial. No primeiro trimestre deste ano, segundo a Bloomberg, enquanto houve forte saída de capital em ações na China (US$ 117 bilhões), observou-se entrada de cerca de US$ 12 bilhões no Brasil neste período.
2) Essa rodada é decisiva: países que aproveitarem essa janela de realocação produtiva do investimento mundial terão ganhos sustentáveis de longo prazo
3) O Brasil é hoje uma importante referência mundial no que se refere a segurança alimentar e segurança energética.
4) Nossa matriz de energia é limpa e sustentável
Investir em fontes energéticas limpas é um caminho seguro a ser trilhado, e o Brasil se orgulha de sua matriz energética se encontrar entre as mais limpas do mundo
5) Em PARCERIA COM O CONGRESSO NACIONAL precisamos aprovar os seguintes projetos de lei para aprimorar nossos marcos legais e melhorar a segurança jurídica dando a previsibilidade necessária para que o investimento privado flua cada vez mais para o Brasil
PL 414/2021 (antigo PLS 232/2016) – Modernização do Setor Elétrico
PL 3178/2019 – Mudança do regime de partilha para concessão
Mais Garantias Brasil
i. MP 1085/2021: Modernização de Registros Públicos
ii. PL 4188/2021: Novo Marco de Garantias
iii. MP 1103/2022: Novo Marco de Securitização
iv. MP 1104/2022: Aprimoramento das Garantias Agro
Fundamental também darmos prosseguimento ao processo de privatização da Eletrobras
i. Sinal importante para atrair mais capitais para o Brasil
6) Por fim, meu primeiro ato como ministro de Minas e Energia é solicitar ao ministro Paulo Guedes, presidente do Conselho do PPI, que leve ao Conselho a inclusão da PPSA no PND para avaliar as alternativas para sua desestatização. Ainda como parte de meu primeiro ato solicito também o início dos estudos tendentes à proposição das alterações legislativas necessárias a desestatização da Petrobras.”
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