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Quem torceu ou jogou contra o Brasil em 2025, perdeu, diz Lula

Em pronunciamento de Natal, presidente destaca avanços sociais, econômicos e políticos e diz que o povo brasileiro foi o grande vencedor do ano

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em pronunciamento à nação por ocasião do Natal - 24/12/2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

247 - Em mensagem de fim de ano transmitida na noite de Natal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que 2025 foi um ano histórico para o país e sustentou que “todos que torceram ou jogaram contra o Brasil acabaram perdendo”. No pronunciamento, Lula fez um balanço das principais ações do governo, ressaltou indicadores sociais e econômicos e atribuiu ao povo brasileiro o papel de maior vencedor do período.

Ao longo da fala, Lula destacou políticas públicas retomadas ou ampliadas ao longo do ano e afirmou que o país voltou a viver “numa sintonia de esperança e fraternidade”.

Logo no início do pronunciamento, o presidente ressaltou o simbolismo do encerramento do ano. “Vencemos mais um ano. É tempo de juntar a família, renovar energias e celebrar a vida”, afirmou. Segundo ele, apesar das dificuldades, 2025 marcou uma virada. “Um ano difícil, com muitos desafios, mas um ano em que todos que torceram ou jogaram contra o Brasil acabaram perdendo. Um ano em que o povo brasileiro sai como o grande vencedor.”

Entre os principais pontos destacados, Lula citou a saída do Brasil do Mapa da Fome. “Estar neste mapa significa que muita gente no país não tem o que comer”, disse, ao lembrar que o país havia deixado essa condição em 2014, mas retornado nos anos seguintes. De acordo com o presidente, o governo encontrou “33 milhões de pessoas passando fome” e adotou medidas como a retomada do Bolsa Família, o apoio à agricultura familiar, a valorização do salário mínimo e investimentos na geração de empregos e na alimentação escolar.

Outro destaque do pronunciamento foi o fim do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês. Lula afirmou que, para milhões de brasileiros, “o último dia do ano também será o último dia com Imposto de Renda descontado no salário”. Segundo ele, a medida garantirá renda extra mensal às famílias, com impacto direto no consumo e na economia. “Isso vai aliviar as contas, aquecer ainda mais a economia e beneficiar o país inteiro”, declarou.

Na área social, o presidente citou programas voltados à saúde, educação e infraestrutura. Ele mencionou o Agora Tem Especialistas, que, segundo afirmou, está reduzindo filas no SUS, e o Pé-de-Meia, voltado à permanência de jovens na escola. Também destacou iniciativas como o Gás do Povo e o Luz do Povo, criadas para aliviar o orçamento das famílias mais pobres, além da retomada do Minha Casa Minha Vida, que voltou a atender a classe média, e o lançamento do Reforma Casa Brasil. “Moradia digna é um direito fundamental que tem que ser garantido”, afirmou.

Lula também mencionou a Transposição do Rio São Francisco, definida por ele como “a maior obra hídrica do mundo”, e a presença do Novo PAC em todos os estados, com obras e investimentos em milhares de municípios. No campo econômico, o presidente afirmou que o país encerra o ano com a menor taxa de desemprego da história, recordes de empregos com carteira assinada, a maior renda média já registrada e a menor inflação acumulada em quatro anos. Segundo ele, esses fatores resultaram nos menores índices de pobreza e desigualdade da história, com dois milhões de pessoas deixando o Bolsa Família em 2025 por melhora de renda.

O presidente também citou mudanças na Carteira Nacional de Habilitação, que, de acordo com ele, ficou “até 80% mais barata e muito mais acessível”, e abordou o combate ao crime organizado. Lula afirmou que a Polícia Federal realizou, em 2025, “a maior operação já feita contra o crime organizado”, alcançando, segundo ele, níveis mais altos das estruturas criminosas. “Nenhum dinheiro ou influência vai impedir a Polícia Federal de ir adiante”, declarou.

Ao tratar da violência contra a mulher, Lula fez um apelo direto. “Um povo tão gentil e capaz de produzir coisas tão belas não pode aceitar a violência contra a mulher”, disse, ao anunciar que pretende liderar um esforço nacional envolvendo governo e sociedade. Em tom pessoal, afirmou: “Nós que somos homens devemos fazer um compromisso de alma. Em nome de tudo que é mais sagrado, seja um aliado.”

No cenário internacional, o presidente disse que o Brasil voltou a ser respeitado e admirado. Destacou o recorde de nove milhões de turistas estrangeiros no ano e a realização da COP30 em Belém, no Pará, classificada por ele como um sucesso que consolidou o país como liderança global na agenda climática. Lula também mencionou o enfrentamento do chamado “tarifaço” contra produtos brasileiros, afirmando que o governo apostou no diálogo, protegeu empresas e empregos e negociou o fim das medidas, superando a marca de 500 novos mercados abertos para exportações.

Ao final, Lula abordou a discussão sobre a jornada de trabalho e defendeu o fim da escala 6x1 sem redução salarial. “Não é justo que uma pessoa seja obrigada a trabalhar duro durante seis dias e que tenha apenas um dia para descansar”, afirmou, classificando a proposta como uma demanda popular que precisa ser transformada em realidade.

Encerrando a mensagem, o presidente reforçou a ideia de pertencimento e vitória coletiva. “O Brasil pertence a você”, disse, ao desejar um feliz Natal e um Ano Novo de paz, prosperidade e novas conquistas às famílias brasileiras.

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