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Lula deve reformular articulação política em 2026

Presidente precisará promover alterações em ministérios da área por conta das eleições do ano que vem

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trabalha com a perspectiva de promover uma ampla reformulação na equipe responsável pela articulação política com o Congresso Nacional ao longo de 2026. As mudanças fazem parte do redesenho do governo diante do calendário eleitoral e devem atingir tanto ministérios estratégicos quanto cargos de liderança no Legislativo. As informações são da CNN Brasil.

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), deve deixar o cargo em abril de 2026 para disputar uma vaga de deputada federal pelo Paraná. Entre os nomes avaliados para substituí-la, o mais citado é o do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), que atualmente cumpre a metade de seu mandato como senador.

Outra mudança considerada praticamente certa envolve a Casa Civil. O ministro Rui Costa (PT) deve se desincompatibilizar da função para concorrer a uma vaga no Senado pela Bahia. Até o momento, Lula ainda não definiu quem assumirá o comando da Casa Civil após a saída de Rui Costa.

No Congresso, a reorganização também alcança as lideranças partidárias. Na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ) deixará a liderança do partido, que passará a ser exercida pelo deputado Pedro Uczai (PT-SC). Já no Senado, existe a possibilidade de o presidente retirar Jaques Wagner (PT-BA) da liderança do governo, embora essa decisão ainda não esteja formalizada.

O movimento de saída de quadros do Executivo para disputar as eleições deve atingir pelo menos 19 ministros. A lista inclui nomes com diferentes destinos eleitorais, tanto em disputas majoritárias quanto proporcionais.

Entre os ministros cotados para deixar o governo estão Geraldo Alckmin (PSB), que poderá disputar a reeleição ao lado de Lula ou concorrer ao governo de São Paulo, e Fernando Haddad (PT), que deve coordenar a campanha presidencial ou disputar uma vaga no Senado por São Paulo. Sidônio Palmeira, da Secretaria de Comunicação Social, também pode deixar o cargo para assumir a comunicação da campanha eleitoral.

Há ainda pré-candidatos a governos estaduais, como Renan Filho (MDB), hoje à frente do Ministério dos Transportes e cotado para o governo de Alagoas, e Márcio França (PSB), ministro do Empreendedorismo, apontado como possível candidato em São Paulo.

No campo das disputas ao Senado, aparecem nomes como Simone Tebet (MDB), ministra do Planejamento, com possibilidade de candidatura por Mato Grosso do Sul ou São Paulo; Anielle Franco (PT), da Igualdade Racial, pelo Rio de Janeiro; Marina Silva (Rede), do Meio Ambiente, por São Paulo; e Alexandre Silveira (PSD), de Minas e Energia, por Minas Gerais.

A lista de ministros que devem disputar outros cargos inclui ainda Carlos Fávaro (PSD), da Agricultura, por Mato Grosso; Silvio Costa Filho (Republicanos), de Portos e Aeroportos, por Pernambuco; André Fufuca, do Esporte, pelo Maranhão; Luiz Marinho (PT), do Trabalho, por São Paulo; Sônia Guajajara (Psol), dos Povos Indígenas, pelo Maranhão; Wolney Queiroz (PDT), da Previdência, por Pernambuco; André de Paula (PSD), da Pesca, também por Pernambuco; Paulo Teixeira (PT), do Desenvolvimento Agrário, por São Paulo; e Jader Filho (MDB), das Cidades, por Alagoas.

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